quinta-feira, 30 de abril de 2020

“04”, o mais novo Bolsonaro, pegou Covid-19 e zomba da doença: "é só uma gripezinha, peguei, passou, vai tomá no c...” (VÍDEO)

Em vídeo, o filho mais novo de Jair Bolsonaro, Jair Renan, a quem o pai chama apenas de “04”, diz que foi infectado pela Covid-19, mas ironiza a doença e diz que a pandemia é “história da mídia”. “É só uma gripezinha, irmão, tomá no cu”.
No vídeo, 04 diz: “Vamos pra rua na pandemia, tá ok? Pô, que pandemia, malandro? Isso é história da  mídia aí pra trancar você dentro de casa, achar que o mundo tá acabando. Pô, é só uma gripezinha, irmão, vai tomá no cu (sic). Peguei, passou. Prefiro morrer tossindo que morrer transando” 
Assista:
Por: Brasil 247

Coronavírus mata mais negros e pobres e agrava desigualdade

O novo coronavírus chegou ao Brasil trazido por pessoas da classe alta, que em boa parte foram contaminadas em viagens internacionais. Mas o vírus se disseminou rapidamente pelas classes baixas e, em grandes centros urbanos, a Covid-19 já mata mais na periferia do que no centro. Notadamente, as populações negras e mais pobres.
Em debate sobre o tema nesta segunda, 27, com o economista Eduardo Moreira e as lideranças do movimento negro Letícia Gabriella e Samuel Emídio, o senador Paulo Paim (PT-RS) alerta que a desigualdade econômica faz da população negra a mais vulnerável à Covid-19 no País.
“A população negra fica em torno de 54% dos habitantes do Brasil. Mas veremos que morrerá em maior quantidade com essa doença, diante da realidade das nossas favelas. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e isso, infelizmente, vai se refletir numa maior letalidade da doença na população negra”, lamentou o senador.
Os dados do Ministério da Saúde confirmam a triste constatação. Até o último dia 10, entre os registros de afetados pela doença, pretos e pardos representam quase 1 em cada 4 dos brasileiros hospitalizados com Síndrome Respiratória Aguda Grave (23,1%), mas chegam a 1 em cada 3 entre os mortos por Covid-19 (32,8%). Com os brancos ocorre o contrário: são 73,9% entre os hospitalizados, mas 64,5% entre os mortos.
Paim destacou a importância fundamental do Sistema Único Saúde (SUS) para o enfrentamento da pandemia. “Muitos defendem o Estado mínimo. E se tivéssemos o Estado mínimo implantado, hoje, no Brasil? Nós não teríamos SUS. Já pensaram se não tivéssemos o SUS? Como estaria a situação dos profissionais da segurança, dos profissionais de saúde que estão na linha de frente?”, questionou.
“O Estado precisa agir para que as pessoas tenham condição de permanecer em casa e o Estado precisa agir de forma efetiva. Primeiro temos que nos preocupar com a vida das pessoas, depois trabalhar para recuperar a economia”, completou o senador.
Alessandro Dantas
Senador Paim: “O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e isso, infelizmente, vai se refletir numa maior letalidade da doença na população negra”.

Periferias em risco

Antônio Augusto Moura da Silva, professor de epidemiologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), afirma que o alto número de óbitos nas periferias de regiões metropolitanas é uma consequência da condição de vida nesses locais. Segundo ele, a situação irá se agravar nas próximas semanas e, com o sistema de saúde saturado, “pessoas vão começar a morrer em casa”.
Nas periferias, há mais moradores por domicílio, o acesso à água encanada ou não existe ou é intermitente, e a insegurança econômica obriga a sair de casa para obter algum dinheiro. Além disso, segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 67% dos brasileiros que dependem exclusivamente do SUS são negros, e estes também são maioria dos pacientes com diabetes, tuberculose, hipertensão e doenças renais crônicas, considerados comorbidades agravantes para a doença.
Pesquisa publicada em 6 de abril pelas economistas Laura Carvalho (USP) e Luiza Nassif Pires, do Bard College (EUA), e pela médica e pesquisadora Laura de Lima Xavier, da Universidade Harvard (EUA), mostra que entre os brasileiros que frequentaram apenas o ensino fundamental, 42% têm uma ou mais doenças crônicas associadas aos casos mais graves da covid-19, enquanto na média da população essa taxa é de 33%. “A base da pirâmide tem maior probabilidade de precisar de internação no caso de contaminação pelo coronavírus”, afirmam as autoras.
Outro levantamento, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revela que 1,6 milhão de pessoas de baixa renda moram a uma distância maior que cinco quilômetros de uma unidade de atendimento do SUS capaz de receber pacientes com síndrome respiratória aguda grave (SRAG), manifestação mais severa do coronavírus. Essa parcela da população está na faixa acima de 50 anos e pertence ao grupo dos 50% mais pobres.
O técnico de planejamento e pesquisador da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur) do Ipea, Rafael Pereira, que coordenou o estudo, diz que nessa faixa de renda as pessoas dificilmente poderiam utilizar o sistema de saúde privado.  “Em geral, as pessoas de baixa renda moram em regiões mais afastadas, com menos oferta dos serviços de transporte e de saúde” afirmou.
O estudo identificou o mesmo quadro nas 20 maiores cidades do Brasil: regiões centrais com maior número de hospitais, com mais oferta de leitos de tratamento intensivo e respiradores mecânicos, e periferias com dificuldade de acesso ao sistema de saúde.
“As populações de periferia que mais dependem do SUS e são mais vulneráveis ao contágio de covid-19, onde se tem a pior condição de urbanização, de saneamento básico, são as que infelizmente têm a pior condição de saúde”, apontou Pereira.

Desigualdade social

Para Fernando Burgos, professor da FGV-EAESP e especialista em políticas sociais e desigualdade, a tendência é que a crise acentue a desigualdade no Brasil. “Quando começou a pandemia, muitas pessoas diziam que a covid-19 iria igualar os desiguais, pois todos iriam ficar doentes, precisar de respiradores, etc. Isso era uma bobagem. A doença afeta desigualmente os desiguais, e será cada vez mais dura com os mais pobres”, disse Burgos, em entrevista à Deutsche Welle Brasil.
Segundo ele, o país ainda presencia a primeira onda de vulnerabilidade. A segunda virá em um mês, quando ficará mais claro o impacto nas pessoas que foram demitidas ou que não estão conseguindo manter uma renda de subsistência. “A desigualdade é um projeto nacional no Brasil, e a pandemia veio para agravar esse projeto”, lamenta.
Burgos critica o fato de que mais de 30 milhões de pessoas que teriam direito ao auxílio emergencial ainda não conseguiram recebê-lo. “Tínhamos três semanas de antecedência em relação a outros países e já podíamos ter botado dinheiro na mão dessas pessoas mais vulneráveis, mas temos um governo que não acredita na pandemia.”
Pesquisa realizada pelo DataPoder360 de 13 a 15 de abril mostrou que, quanto mais pobre, maior o impacto da covid-19 na renda. O instituto perguntou se o coronavírus prejudicava a renda ou o emprego. Entre os desempregados ou sem renda fixa, 77% responderam que sim. O percentual cai para 57% entre os que ganham até dois salários mínimos, e para 26% entre os que recebem mais de dez salários mínimos.

Medidas urgentes

Em nota técnica publicada pela Rede de Políticas Públicas e Sociedade, os pesquisadores Rogério Barbosa, do Centro de Estudos da Metrópole, e Ian Prates, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), estimaram o número de trabalhadores afetados pela Covid-19 e concluíram que 81% da força de trabalho (75,5 milhões de pessoas) experimentam algum tipo de vulnerabilidade em função da pandemia.
Segundo os cálculos do grupo, 38% da força de trabalho pode ser considerada altamente vulnerável, por causa da informalidade de seus vínculos. “Por terem vínculos mais frágeis com seus empregadores, essas pessoas tendem a ser mais prejudicadas pela crise, por causa do potencial de rompimento desses vínculos”, observou o sociólogo Ian Prates ao jornal ‘ Folha de S. Paulo’.
Em todo o mundo, existem 3,3 bilhões de trabalhadores, mas 2 bilhões atuam na economia informal, representando a fatia mais vulnerável do mercado de trabalho.  O fechamento causado pela pandemia também atingiu pesadamente setores chave, gerando uma queda de 60% no salário dos trabalhadores já no primeiro mês da crise. Os dados fazem parte da terceira edição do Monitor OIT: Covid-19 e o mundo do trabalho, divulgado nesta quarta, 29.
Em comunicado, Guy Ryder, diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), afirmou que é preciso proteger, urgentemente, os trabalhadores em situações mais vulneráveis. Ryder lembra que milhões de trabalhadores estão sem salário, sem comida, sem segurança social e sem futuro, e que 1,6 bilhão de pessoas na economia informal estão afetadas na sua subsistência por causa da pandemia.
A OIT pede medidas urgentes e flexíveis de recuperação para trabalhadores e empresas, especialmente os menores empreendimentos e os que atuam na economia informal. Para a agência, as medidas de recuperação da economia devem focar na geração de empregos com base em políticas fortes e melhores recursos de proteção social para os trabalhadores.

ONU denuncia Bolsonaro por ameaçar a vida de milhões

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro convocava sua tropa de assalto de deputados para culpar os governadores pelas mortes por Covid-19 e bater boca com jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgava relatório classificando de “irresponsáveis” as medidas adotadas pelo governo brasileiro diante da pandemia de coronavírus.
No documento, dois especialistas em direitos humanos da ONU afirmam que “o sistema de saúde enfraquecido está sobrecarregado e está colocando em risco os direitos à vida e à saúde de milhões de brasileiros”. Sobre a acusação de que o governo brasileiro tem priorizado as políticas econômicas, preocupando-se com a economia em detrimento da vida humana, os especialistas são taxativos: “Economia para quem?”
Os ex-ministros da Saúde, Alexandre PadilhaHumberto Costa e Arthur Chioro denunciaram à OEA e à ONU a atuação de Bolsonaro na condução do combate à pandemia no país. Na queixa enviada às autoridades internacionais, os ex-ministros advertiram que a população brasileira está “sujeita a graves riscos de padecimento por desassistência à saúde”.
“Não pode se permitir colocar em risco a saúde e a vida da população, inclusive dos trabalhadores da Saúde, pelos interesses financeiros de poucos”, ressaltaram. “Quem será responsável quando as pessoas morrerem por decisões políticas que vão contra a ciência e o aconselhamento médico especializado?”, questionam.
O especialista independente em direitos humanos e dívida externa, Juan Pablo Bohoslavsky, e o Relator Especial sobre pobreza extrema, Philip Alston, apontam que apenas 10% dos municípios brasileiros possuem leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e que o Sistema Único de Saúde (SUS) não tem sequer a metade do número de leitos hospitalares recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

PEC-95 agravou crise

“A epidemia da Covid-19 ampliou os impactos adversos de uma emenda constitucional de 2016 (PEC-95) que limitou os gastos públicos no Brasil por 20 anos”, avaliaram no documento. “Os efeitos são agora dramaticamente visíveis na crise atual”.
Para os relatores da ONU, o Brasil deveria abandonar imediatamente medidas de austeridade “mal orientadas” e revogar a política de congelamento de gastos públicos. “Os cortes de financiamento governamentais violaram os padrões internacionais de direitos humanos, inclusive na educação, moradia, alimentação, água e saneamento e igualdade de gênero”, afirmaram.
Os pesquisadores reconheceram alguns esforços brasileiros: “A renda básica emergencial, bem como a implementação das diretrizes de distanciamento social das autoridades subnacionais, são medidas de salvamento de vidas que são bem-vindas. No entanto, é preciso fazer mais”.
A declaração, endossada por vários relatores da ONU, não resultará em medidas concretas contra o governo, mas pioram o péssimo status do país desde a posse de Bolsonaro. Nesta semana, o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos já havia demonstrado “preocupação” sobre o país.
Desde que a OMS declarou a pandemia, em 11 de março, Bolsonaro tem desrespeitado sistematicamente as recomendações do órgão das Nações Unidas. No mesmo dia, desembarcava em Brasília após viagem aos Estados Unidos, trazendo em sua comitiva 22 pessoas que haviam contraído a Covid-19.
Quem será responsável quando as pessoas morrerem por decisões políticas que vão contra a ciência e o aconselhamento médico especializado? , questionam especialistas da ONU
Sob monitoramento por suspeita de contaminação, Bolsonaro fez pelo menos dois exames entre 12 e 14 de março. Jurou que não tinha a doença e, em 15 de março, deixou o Palácio do Planalto para uma manifestação pró-governo e contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Foi em direção aos apoiadores e os cumprimentou. Questionado, negou-se a apresentar os exames comprovando seu estado de saúde.
Nesta segunda, 27 de abril, atendendo a pedido do jornal ‘O Estado de S.Paulo’, a Justiça Federal determinou que Bolsonaro apresentasse os resultados dos exames em até 48 horas. A juíza Ana Lúcia Petri Betto, da 14ª Vara Cível Federal de São Paulo, estabeleceu multa de R$ 5 mil em caso de descumprimento.
Segundo a juíza, “no Estado Democrático de Direito, a publicidade é regra geral. O sigilo é a exceção. Com efeito, o titular do poder político é o povo, de modo que os órgãos estatais e agentes políticos devem esclarecer aos mandantes as questões de relevante interesse nacional”.
Questionado nesta quarta, 29, se iria finalmente entregar os resultados, Bolsonaro respondeu: “Vocês nunca me viram aqui rastejando, com coriza. Eu não tive [a doença], pô. E não minto […]. Da minha parte, não tem problema mostrar. Mas, agora, eu quero mostrar que eu tenho o direito de não mostrar”.

Acusações e denúncias

Bolsonaro é alvo de diversas denúncias por genocídio e crimes contra a humanidade, dentro e fora do Brasil. E as acusações que pesam sobre ele vão se acumulando na ONU. Em 2019, foram apresentadas 35 denúncias internacionais contra suas políticas e gestos.
Em 10 de março, quando ele já se esforçava para descumprir as recomendações da OMS, mais de 80 entidades, nacionais e estrangeiras, se uniram para apresentar às Nações Unidas uma denúncia contra o desmonte do sistema de proteção aos direitos humanos no primeiro ano de governo.
Em um ato considerado raro na comunidade diplomática internacional, as entidades afirmaram na denúncia ao Conselho de Direitos Humanos da ONU que Bolsonaro tomava medidas que “corroem o Estado de Direito e a democracia no País”.
Em 6 de abril, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) enviou carta ao diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, à Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e ao presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Joel Hernández García, pedindo providências contra Bolsonaro.
Os deputados listaram 22 pronunciamentos e atos dele sobre o coronavírus, apelidando-o de “gripezinha”, minimizando os impactos da pandemia e atacando governadores e a imprensa.

Flerte com genocídio

“O Presidente da República Federativa do Brasil flerta com o risco de um genocídio e menospreza a possibilidade de óbito de idosos. Nenhum cidadão, muito menos um mandatário, pode usar a liberdade de expressão para desinformação e para colocar em situação de risco a saúde e a vida de mais de 200 milhões de pessoas”, dizia o documento assinado por toda a mesa diretora da CDHM.
Embora desde então o número de gestos, atitudes, falas e postagens irresponsáveis tenha aumentado bastante, a um ritmo de um ou mais por dia, a Advocacia-Geral da União (AGU), responsável pela defesa judicial do presidente da República, continua a adotar a estratégia de ignorar ou negar as atitudes de Bolsonaro, mesmo públicas e amplamente noticiadas.
A AGU negou, por exemplo, a existência da campanha “O Brasil não Pode Parar”, slogan usado em três publicações em perfis oficiais do governo dias após discurso de Bolsonaro em rede nacional contra o isolamento social. As postagens com #OBrasilNãoPodeParar, no Twitter e no Instagram, foram apagados após proibição da Justiça Federal do RJ.
Em outra ocasião, a AGU declarou ao STF que o governo Bolsonaro vinha seguindo as recomendações da OMS e do Ministério da Saúde, simplesmente ignorando que por diversas ocasiões, desde 11 de março, o presidente furou o isolamento em passeios por Brasília e causou aglomerações por onde passou.
Fonte: PT

Brasil tem 5 mil mortes. Bolsonaro desdenha: “E daí?”

O presidente Jair Bolsonaro deixou as formalidades de lado e partiu para o deboche ao ser confrontado pela imprensa, na noite de quarta-feira (28), com a disparada do número de mortos no Brasil pelo Covid-19. “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Sou Messias, mas não faço milagre”, desdenhou. Ha duas semanas, Bolsonaro havia declarado que o novo coronavírus não passava de uma “gripezinha” ou “resfriadinho”. Agora, no Brasil, subiu para 5.017 o número de mortos pelo Covid-19, ultrapassando a China.
“Esse é o genocida que governa o Brasil e que está pouco se lixando para o fato de termos, nas últimas 24 horas, um recorde de mortos por Covid-19”, criticou o senador Humberto Costa (PT-PE), ex-ministro da Saúde no governo Lula. “E os negacionistas, sob o berrante de Bolsonaro, seguem em uma cruzada irracional para empurrar mais brasileiros à cova. Responderão por isso”.
O país já tem 71.886 casos confirmados de pessoas infectadas, mas nem o ministro da Saúde, Nelson Teich, parece incomodado, ainda que reconheça o agravamento da pandemia. A notícia corre o mundo e agências internacionais de notícias destacam que o Brasil deve ser o novo foco da pandemia, com as medidas de afrouxamento do isolamento social que vinha sendo imposto pelos governos estaduais. 
Alessandro Dantas/PT no Senado
Humberto Costa critica o presidente da República: “Esse é o genocida que governa o Brasil e que está pouco se lixando para o fato de termos, nas últimas 24 horas, um recorde de mortos por Covid-19”
Na coletiva, no final da tarde, o ministro da Saúde mostrou simplesmente que não tem qualquer plano ou sabe o que fazer para minimizar o impacto da doença. Passivo, limitou-se a colocar o segundo escalão para responder aos questionamentos de jornalistas, enquanto olhava para o vazio e balbuciava, conformado, que a crise sanitária estava se agravando.
“Há alguns dias eu coloquei que (o número de mortos e contaminações) poderia ser um acúmulo de casos de dias anteriores que foi simplesmente resgatado, mas como temos manutenção desses números elevados e crescentes, temos que abordar isso como um problema, como uma curva que vem crescendo, como um agravamento da situação”, disse.

Providências

Na semana passada, o PT ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para determinar ao governo que tome providências para manter o isolamento social. A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), pediu ao STF que obrigue o governo a explicitar as providências que vêm sendo tomadas para aparelhar estados e municípios para a realização de testes massivos.
Na entrevista à imprensa, Teich não se opôs sequer a advertir a população que se mantenha confinada em casa ou condenou as medidas de relaxamento da quarentena que vinha sendo perseguida nas cidades brasileiras e recomeçou em muitos estados. “O ministro da Saúde não apresentou até agora sequer um plano de ação enquanto o vírus se alastra”, cobra o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde no governo Dilma.
Enquanto isso, a situação ganha contornos trágicos. Na região metropolitana de São Paulo, 81% dos leitos de hospitais estão ocupados. No Rio de Janeiro, cemitérios aumentam vagas e constroem gavetões para enterrar vítimas. E pior. O coronavírus foi identificado pela Fiocruz até em esgotos.
Em Manaus, cidade onde os efeitos da pandemia são mais intensos, os parentes das vítimas protestaram contra o modo como ocorrem os sepultamentos, com caixões sobrepostos em camadas em uma vala comum. O cemitério passou ontem a promover enterros durante a noite, diante do aumento súbito do número de óbitos na capital do Amazonas.
Fonte: PT

Brasil se aproxima de 80 mil pessoas infectadas; mortes vão a 5.513

Levantamento junto às secretarias estaduais de saúde mostra nesta quinta-feira (30) que já foram registradas 5.513 mortes provocadas pela Covid-19 e 79.685 casos confirmados da doença em todo o Brasil.
O número de mortes no país superou o da China, que registrou 4.632 fatalidades pela Covid-19.

Taxa de ocupação de leitos de UTI

  • Acre – 23,3% em todo o estado em 28/04
  • Alagoas – 36% em todo o estado em 29/04
  • Amazonas – 96% em todo o estado em 23/04
  • Bahia – 78% em todo o estado em 29/04
  • Ceará – 98% em todo o estado em 26/04
  • Espírito Santo - 83% em todo o estado em 29/04
  • Maranhão – 96,4% em todo o estado em 27/04
  • Mato Grosso – 4,8% dos leitos de UTI da rede pública em todo o estado em 23/04
  • Mato Grosso do Sul – 2,6% em todo o estado em 27/04
  • Minas Gerais – 58% em todo o estado em 28/04
  • Pará – 84% em todo o estado em 15/04
  • Paraíba – 28% em todo o estado em 25/04
  • Paraná – 33% em todo o estado em 27/04
  • Piauí - 26,7% em todo o estado em 29/04
  • Pernambuco – 98% em todo estado em 27/04; além disso, 99% dos leitos de UTI da rede pública dedicados aos pacientes infectados pelo novo coronavírus também estão ocupados
  • Rio de Janeiro – 92% em todo o estado em 27/04
  • Rio Grande do Norte – 39,5% em todo o estado em 28/04
  • Rio Grande do Sul – 54,5% em todo o estado em 22/04
  • Rondônia – 29,6% em todo o estado em 29/04
  • Santa Catarina – 16,83% dos leitos na rede pública em todo o estado em 27/04
  • São Paulo – 68,7% em todo o estado em 29/04
  • Sergipe – 6 leitos ocupados em 23/04
  • Tocantins – 10% dos leitos ocupados em 28/04
Fonte: Agora RN

terça-feira, 28 de abril de 2020

Médica negra vence o BBB 20 com 44,1% dos votos

Thelma Assis venceu a final do "Big Brother Brasil 20 nesta segunda-feira (27). Com 44,10% dos votos, a campeã levou para a casa o prêmio de R$ 1,5 milhão.
Thelma era a única finalista pertencente ao grupo chamado de "Pipoca", composto pelos integrantes anônimos da edição, informa o G1.
Por: Brasil 247

Huck, o candidato dos bilionários, diz que taxação de grandes fortunas pode "prejudicar o país"

Com pretensões a disputar a Presidência da República em 2022, o apresentador da Globo, Luciano Huck, disse nesta segunda-feira (27) achar que a taxação de grandes fortunas pode prejudicar o país. 
A revelação de Huck como candidato dos bilionários foi feita durante painel sobre desigualdade na Brazil Conference at Harvard & MIT, evento realizado por videoconferência e transmitido pelo Estado de S.Paulo..
Ele afirmou que  “a gente tem que rever isso, a reforma (tributária) é super importante. Se você tributar a fortuna, acho que o dinheiro escapa (do País). Vão ter engenharias fiscais que vão fazer o dinheiro não ficar mais aqui e isso seria ruim para o país.”
A reportagem destaca que “também participaram do debate sobre o tema o deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), parceiro de Huck no movimento RenovaBR, e a socióloga Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil, que argumentou a favor da taxação de fortunas. Contrariado por Katia, Huck recuou, disse que não era "técnico", mas sim "curioso", defendeu a taxação de lucros e dividendos, e então não comentou sobre o que havia dito antes sobre taxação de fortunas.”
Fonte: Brasil 247

Bolsonaro bate recorde de pedidos de impeachment na história do Brasil

"Antes mesmo da nova crise do governo protagonizada pelo então ministro da Justiça Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro já era um campeão de pedidos de impeachment. Em quase 16 meses de governo, 31 representações para tirar Bolsonaro do cargo foram protocoladas e, deste total, 24 chegaram antes da sexta-feira passada, dia em que Moro provocou um terremoto político", informa a jornalista Camila Turtelli, em reportagem publicada no jornal Estado de S. Paulo.
"Apesar da grande quantidade, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na segunda-feira, 27, que o momento não é de por esse tema na pauta", informa a jornalista.
Fonte: Brasil 247

Nascidos em março e abril podem sacar auxílio de R$ 600 nesta terça

A primeira parcela do auxílio emergencial de R$ 600 poderá ser sacada nesta terça-feira (28) por beneficiários nascidos em março e abril. Para evitar aglomerações, o resgate em dinheiro foi liberado pela Caixa Econômica Federal, desde segunda-feira, de forma escalonada, de acordo com a data de aniversário. 
A retirada do dinheiro para quem não tinha conta em banco e recebeu o pagamento pela poupança digital da Caixa pode ser feita em caixas eletrônicos ou lotéricas. Na quarta-feira (29), será a vez dos nascidos em maio e junho, na quinta (30), para os de julho e agosto. Já os de setembro e outubro poderão resgatar no dia 4 de maio e os de novembro e dezembro, no dia 5 de maio.
Mas é preciso atualizar o aplicativo Caixa Tem, fazer o login, selecionar a opção “saque sem cartão” e informar o valor a ser retirado. O app vai gerar um código autorizador para saque, com validade de duas horas, que deve ser utilizado nos caixas eletrônicos e nas unidades lotéricas.
Para acessar a funcionalidade do saque sem cartão, foi liberada uma nova versão do aplicativo Caixa Tem, após problemas registrados pelos beneficiários. A atualização já está disponível para download. 
Além da opção “saque sem cartão”, a Caixa afirma que a nova versão do aplicativo também traz ampliação da capacidade de acessos simultâneos, disponibilizando uma previsão de atendimento aos usuários que não conseguirem acesso imediato nos horários de maior utilização.
Quem não quiser sacar pode usar o valor pelo aplicativo para pagamento de boletos e contas de água, luz, telefone, além de transferências. 
O auxílio também será pago nesta terça para 1.917.991 pessoas do Bolsa Família, com NIS final 8. Os inscritos do Bolsa Família e outros beneficiários que já têm poupança na Caixa ou são correntistas de outros bancos não precisam baixar o app.
Veja o calendário de pagamento do auxílio para o Bolsa Família
Terça-feira (28):
• 1.917.991 pessoas – NIS final 8

Quarta-feira (29):
• 1.920.953 pessoas – NIS final 9

Quinta-feira (30):
• 1.918.047 pessoas – NIS final 0

Balanço
A medida foi criada para diminuir os impactos do coronavírus na população de baixa renda. Serão três parcelas de R$ 600, no caso de mães solteiras, o valor é em dobro, ou seja, de R$ 1.200. Desde 9 de abril, 39,1 milhões de pessoas já receberam o benefício, num total de R$ 27,7 bilhões. Entre os inscritos pelo aplicativo Caixa Auxílio Emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br, 15,2 milhões já receberam a primeira parcela.
Fonte: Agora RN

Empresários voltam a pressionar pela reabertura do comércio no RN e cientista reforça importância do isolamento

Bom senso é um artigo em falta na prateleira das empresas do Rio Grande do Norte. Com o número de mortes e de casos confirmados por Covid-19 aumentando semanalmente no Estado, e os avisos de que o pico da epidemia ainda não chegou, o segmento empresarial segue forçando e pressionando pela reabertura de bares, restaurantes e do comércio em geral.
O Governo chegou a ceder em alguns pontos, flexibilizando algumas medidas restritivas no decreto publicado dia 23 de abril e ampliando o número de atividades essenciais em todo o território potiguar. Mas não foi o suficiente para saciar os empresários.
Nesta segunda-feira (27), sete entidades entre federações, associações e câmaras de dirigentes lojistas divulgaram uma carta à sociedade onde anunciam a apresentação de um plano para a retomada da economia ainda essa semana.
Assinam a nota Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL RN), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Natal e CDL Jovem Natal), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio RN), Associação dos Empresários do Alecrim (AEBA), Associação Comercial (ACRN) e Federação das Associações Comercias (FACERN).
– A primeira proposta de plano para esse retorno responsável foi entregue por nós do setor produtivo, ela deverá ser avaliada por todos os membros do grupo ainda essa semana. Acreditamos que em breve chegaremos uma versão final da retomada econômica no RN. Sabemos da importância de criarmos horizontes para as empresas e estamos todos empenhados nessa missão. Enquanto isso, clamamos a todos para o uso de máscaras, essa é a melhor forma de cuidar da vida e da economia”, diz a carta.
Já a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) divulgou uma cartilha com o protocolo para a reabertura parcial dos estabelecimentos.
Em coletiva de imprensa realizada hoje (27) a secretaria de Estado de Saúde Pública confirmou 45 mortos no Estado e 832 casos confirmados. “Dias piores virão. A situação passa a ser dramática”, afirmou o adjunto da Sesap Petrônio Spinelli.
Diante da pressão do segmento empresarial, o cientista e pesquisador da UFRN José Dias do Nascimento reforçou a importância do isolamento social como forma de impedir a disseminação em massa do novo Coronavírus.

– Apoiamos a manutenção do distanciamento social até que novas evidências estejam disponíveis. A reabertura da economia não é como um interruptor de luz: desligado agora e que pode ser religado depois. A decisão de abrir não é baseada em evidência científica nenhuma. A economia não vai voltar de uma hora para outra. Esse retorno súbito vai gerar casos, vai morrer mais gente e gestores vão voltar atrás”, prevê.
Nascimento afirmou recentemente em matéria publicada pela agência Saiba Mais que os modelos matemáticos que analisam a curva epidemiológica do Rio Grande do Norte indicam que, se não fosse o isolamento social no Estado, o número mortes por Covid-19 já estaria em 2,2 mil.
Ele estima agora que aproximadamente 20 mil pessoas no Estado precisarão ser hospitalizados. E discorda de qualquer medida de flexibilização das medidas restritivas, como a que o próprio Governo adotou:
– A conduta de municípios é independente do decreto da governadora. Ela usou argumentos sólidos, porém pode ter aberto cedo demais. Sendo um cientista, não posso concordar com essa decisão. Não temos um plano de saída baseado em dados locais. Deveria ser por idade, etc. Estudo é necessário. Sem isso, existe somente uma opção: continuar o isolamento”, afirmou.
Fonte: Saiba Mais

Brasil contabiliza 4.603 mortos e 67,4 mil casos confirmados

Dados sobre o coronavírus no Brasil nesta terça-feira (28), segundo levantamento junto às secretarias estaduais de saúde, revelam que foram registradas 4.603 mortes provocadas pela Covid-19 e 67.410 casos confirmados da doença em todo o país.

Taxa de ocupação de leitos de UTI

  • Acre – 23,3% em todo o estado em 27/04
  • Alagoas – 35% em todo o estado em 27/04
  • Amazonas – 96% em todo o estado em 23/04
  • Bahia – 54% em todo o estado em 21/04
  • Ceará – 98% em todo o estado em 26/04
  • Espírito Santo - 69,2% em todo o estado em 24/04
  • Maranhão – 96,4% em todo o estado em 27/04
  • Mato Grosso – 4,8% dos leitos de UTI da rede pública em todo o estado em 23/04
  • Mato Grosso do Sul – 2,6% em todo o estado em 27/04
  • Minas Gerais – 54% em todo o estado em 24/04
  • Pará – 84% em todo o estado em 15/04
  • Paraíba – 28% em todo o estado em 25/04
  • Paraná – 33% em todo o estado em 27/04
  • Piauí - 26,7% em todo o estado em 27/04
  • Pernambuco – 98% em todo estado em 27/04; além disso, 99% dos leitos de UTI da rede pública dedicados aos pacientes infectados pelo novo coronavírus também estão ocupados
  • Rio de Janeiro – 92% em todo o estado em 27/04
  • Rio Grande do Norte – 39,5% em todo o estado em 27/04
  • Rio Grande do Sul – 54,57% em todo o estado em 22/04
  • Santa Catarina – 16,83% dos leitos na rede pública em todo o estado em 27/04
  • São Paulo – 59,8% em todo o estado em 27/04
  • Sergipe – 6 leitos ocupados em 23/04
Fonte: Agora RN