domingo, 31 de maio de 2020

Globo propõe diálogo nacional para superar ameaças bolsonaristas

"Nestes 32 anos de vigência da Constituição de 1988 e nos 35 da saída dos militares do Planalto, não houve momentos em que a estabilidade democrática parecesse estar por um fio", aponta editorial do jornal O Globo, deste domingo. "Mas Jair Bolsonaro e o que pensa, quem o cerca e a conjuntura histórica em que país e mundo se encontram passaram a ser a maior ameaça à democracia brasileira neste período de uma geração. Ter a extrema direita no Planalto, na democracia, é uma experiência nova que gera enormes pressões sobre todos os poderes republicanos", aponta o editorialista.
"A sociedade precisa encontrar a saída de uma situação em que crises provocadas pelo presidente se sucedem e são amplificadas por manifestações, concentradas em Brasília nas últimas semanas, nada expressivas, mas causadoras de intranquilidades, pois são potencializadas por milícias digitais. Tudo transcorre numa séria crise humanitária, social e de saúde pública, em que o número de mortes já se aproxima dos 30 mil, e dentro de uma hecatombe econômica. São ingredientes que favorecem a quem deseja criar o caos para dele se aproveitar", prossegue o texto.
"É preciso reaprender com a História e voltar a costurar o entendimento entre forças democráticas — mesmo com nuances —, como na década de 70 e início dos anos 1980, desta vez para proteger a Constituição de 1988, que tem garantido anos de estabilidade, sem a qual o Brasil se tornará um pária no mundo. As pressões bolsonaristas contra o Supremo são um ataque à Carta. Mas o país tem a vantagem de contar com instituições edificadas. Não se trata mais de enfrentar a ditadura de Getúlio nem a dos generais. Trata-se de sustentar a democracia, na qual há espaço para todos", finaliza o editorial.
Fonte: Brasil 247

CNN criminaliza manifestações antifascistas no Brasil e no mundo, diz deputada

Por: Brasil 247
A deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP) criticou a CNN Brasil pela cobertura dos protestos contra o fascismo, que ocorre neste domingo (31) na Avenida Paulista. 
"A CNN está criminalizando as manifestações antifascismo em pleno fervor do mundo, em pleno inquérito contra as fakenews, em plenas manifestações antirracistas no EUA. A CNN está apoiando a polícia tacar bomba em um lado só. Estão sujando as mãos de sangue!", escreveu a parlamentar no Twitter.
CNN Brasil mostrou várias cenas de briga entre manifestantes neste domingo (31), quando torcidas organizadas tomaram as ruas pedindo a democracia e criticando apologia a ditadura pela família Bolsonaro. A PM reprimiu com violência as mobilizações. 

Bolsonaro desfila a cavalo em Brasília e internautas não perdoam: rei do gado

Por: Revista Fórum
O presidente Jair Bolsonaro participou neste domingo (31) do ato organizado por apoiadores da Praça dos Três Poderes e percorreu a manifestação montado a cavalo. A atitude gerou comparações com a novela Rei do Gado.
Mais uma vez, o presidente foi até seus apoiadores que se aglomeravam em Brasília em mais uma manifestação anti-democrática. Desta vez, ele não discursou, mas passeou à cavalo pela praça saudando bolsonaristas.
No ato, que tentou reeditar a Marcha da Família com Deus, foram vistas faixas pedindo intervenção militar e fechamento do Supremo Tribunal Federal.
A cena do presidente montado a cavalo diante de apoiadores despertou curiosidade nas redes sociais. Usuários compararam o episódio com a abertura da novela O Rei do Gado, na qual o ator Antonio Fagundes, que interpreta o ruralista Bruno Mezenga, aparece cavalgando e girando.
“Esqueceu de levar o berrante”, escreveu a professora Elika Takimoto. “Nem sabia que ia ter remake de O Rei do Gado!”, escreveu o tuiteiro Marcelo de Moraes.
Veja alguns comentários que circularam nas redes:

Bolsonaro gasta com voo de helicóptero para acenar aos “gatos pingados” da manifestação em Brasília


O presidente Jair Bolsonaro, um dia após ignorar a pandemia e passear por Abadiânia (MG), resolveu, neste domingo (31), fazer um sobrevoo de helicóptero na Praça dos Três Poderes, onde alguns apoiadores fazem manifestação em sua defesa e contra o Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar dos acenos, o presidente provavelmente não gostou do que viu: na imagem aérea fica claro que o ato estava esvaziado.
E não só na imagem aérea. Vídeo feito pelo jornalista George Marques no solo mostra a baixa adesão ao protesto golpista.
Assista.
Já em solo, Bolsonaro, como de costume, foi para o “cercadinho” para cumprimentar apoiadores. Sem máscara.
Fonte: Revista Fórum

Bolsonaro, o flagelo do povo, agora vai reduzir auxílio a R$ 200

Brasil atravessa a crise sanitária do Covid-19 sem qualquer planejamento do governo. O presidente Jair Bolsonaro, além de ser omisso e descuidado quanto às necessidades básicas do população, agora ameaça ampliar a desigualdade social. Em sua live semanal nas redes sociais, Bolsonaro admitiu ontem uma quarta parcela do auxílio-emergencial, retomando a ideia original de reduzir para R$ 200 o seguro-quarentena – hoje em R$ 600, graças à ação das oposições no Congresso Nacional.
“Nós já estudamos uma parcela com o Paulo Guedes [ministro da Economia]. Está definindo o valor, para ter uma transição gradativa e que a gente espera que a economia volte a funcionar”, afirmou Bolsonaro. Guedes admite a extensão do auxílio emergencial por mais um mês, mas tem apontado que não será possível pagar mais do que R$ 200. O dinheiro é insuficiente para garantir uma renda básica para atender às necessidades mínimas da imensa maioria da população.
A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional da legenda, apresentou junto com o líder do partido na Câmara, Enio Verri (PR), e toda a bancada parlamentar, o Projeto de Lei 2283/20, que aumenta para um ano o período de concessão do auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais. Tudo para evitar um flagelo social diante do aumento da desigualdade social.
Lula Marques
Gleisi Hoffmann: “A tragédia esta anunciada para o Brasil. Bolsonaro não quer dar nada para o povo”
PT está preocupado com a piora do quadro social no país, diante do agravamento da crise econômica, que já vinha cambaleando desde a queda da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, quando o Congresso aprovou um impeachment fraudulento, sem provas de que ela tenha cometido crime de responsabilidade.
“Com 4,9 milhões de postos de trabalho cortados nessa crise, em especial os informais, e o PIB caindo 1,5%, a situação está piorando. A tragédia esta anunciada para o Brasil, enquanto Bolsonaro só pensa em dar um golpe de Estado e na defesa da sua família e da milícia digital que ataca adversários e espalha fake news. Ele não quer dar nada para o povo”, denuncia Gleisi. A estimativa de economistas é de que a economia brasileira caia este ano 10%, o maior retrocesso da história do país.
Nesta sexta-feira, 29, o Datafolha revela que 2 em cada 3 brasileiros está pessimista em relação à crise sanitária e temem os efeitos devastadores sobre emprego e renda. A percepção de que a crise causada pelo coronavírus terá efeitos negativos duradouros sobre a economia do país disparou este mês. Levantamento feito entre 25 e 26 de maio revela que 68% dos 2.069 entrevistados pelo telefone acreditam que a pandemia afetará a atividade produtiva por muito tempo. O temor é de que a situação vá piorar.

Abandonados e sem dinheiro

De acordo com levantamento da Central Única das Favelas, a situação é mais grave nas comunidades e nas periferias das grandes cidades, que estão abandonados. Quatro em cada dez pessoas que vivem nas comunidades carentes brasileiras não receberam o auxílio-emergencial de R$ 600, aprovado pelo Congresso, e que o governo libera a conta-gotas. “A situação é alarmante nas favelas”, alerta Celso Athayde, fundador e coordenador da Cufa.
Divulgação/Prefeitura de Caruaru
Fila na Caixa Econômica Federal para receber o auxílio emergencial
“A grande dúvida que tenho agora é se apenas postergamos o caos que vai acontecer no setor de saúde ou se isso foi realmente evitado”, aponta. “Estamos vendo hospitais superlotados e as pessoas começando a morrer dentro de casa, já que não há mais leitos suficientes. E não digo nas favelas, mas de forma geral”. Segundo a Cufa, 37% das pessoas que moram nas comunidades carentes brasileiras que pediram a ajuda de R$ 600 do governo não receberam nada. O fim do auxílio-emergencial está previsto para o mês que vem.
Desde 9 de abril, foram liberados pelo governo R$ 23,5 bilhões para 33,2 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pela Caixa Econômica Federal. E 45,9 milhões de pessoas se cadastraram para ter acesso ao benefício emergencial. Cerca de 12 milhões ainda aguardam uma resposta do governo. Para ampliar a angústia de abandono pelo governo, Gleisi adverte que a previsão do aumento da desigualdade social está sendo estimada por organizações ligadas às Nações Unidas.
O UNICEF e a ONG Save the Children alertam sobre o aumento do risco de empobrecimento das crianças no mundo por conta da pandemia. Segundo as duas organizações, mais de 16 milhões de crianças cairão na pobreza até o final de 2020 na América Latina e no Caribe se os governos não fizerem nada para aliviar a grave crise econômica causada pela pandemia de Covid-19.
“O governo Bolsonaro não tem resposta para a construção de uma política que minimize os impactos negativos da crise para o povo”, denuncia a parlamentar. “O governo é omisso e essa conduta criminosa é o que nos levou a apresentar o pedido de impeachment de Bolsonaro, junto com 400 organizações da sociedade civil”, lembra a deputada. 

Fonte: PT

Governo do RN prorroga suspensão das aulas da rede pública e privada até 06 de julho

Seguindo as recomendações do Comitê Governamental de Gestão da Emergência em Saúde Pública decorrente da pandemia gerada pelo novo coronavírus (Covid-19) e considerando a necessidade de intensificação do cumprimento das medidas de enfrentamento ao vírus, o Governo do Rio Grande do Norte publicou, neste sábado (30), o Decreto Estadual nº 29.725  que prorroga o prazo de suspensão das atividades escolares presenciais nas unidades da rede pública e privada de ensino do Rio Grande do Norte até o dia 6 de julho de 2020.

A governadora professora Fátima Bezerra ressalta que a prorrogação da suspensão das aulas visa mitigar o contágio pelo coronavírus e salvar vidas. "Diante dos números de contágio pela Covid-19 que, ainda, estão muito altos em nosso Estado, não há possibilidade de retomarmos as aulas. O ambiente escolar tem muita circulação de pessoas. E nesse momento nossa prioridade é diminuir a curva de contágio. Como eu tenho dito, a economia pode esperar, o comércio pode esperar e as aulas também podem esperar. À frente de tudo isso está nosso compromisso em cuidar, preservar e salvar a vidas das pessoas".

O novo decreto prorroga a suspensão das aulas no âmbito do ensino infantil, fundamental, médio, superior, técnico e profissionalizante. O documento também autoriza a Secretaria Estadual da Educação, da Cultura e do Lazer (SEEC) a antecipar o recesso escolar (compreendido no período de 24 de junho a 6 de julho), mediante diálogo com o Conselho Estadual de Educação (CEE). 

“Ouvindo diversos segmentos do ensino público e privado do RN, chegamos à conclusão que ainda não é o momento de voltarmos às atividades presenciais em nossas escolas. Vamos seguir com as atividades não presenciais para garantir que a aprendizagem não pare e continuemos a manter alunos e escolas em permanente interação.  Seguiremos observando as orientações da Governadora e da Secretaria de Saúde do RN, esperando uma melhora no quadro que estamos enfrentando”, explicou Getúlio Marques, titular da SEEC.

Desde o início da Pandemia, o Governo do RN vem tomando várias medidas de saúde para o enfrentamento do novo coronavírus com o objetivo de diminuir a curva de contágio, evitar o colapso da rede estadual de saúde e preservar a vida da população potiguar.

Fonte: Governo do RN

Secretaria de Saúde do RN estuda fazer testagem em massa nos municípios mais afetados

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) avalia fazer em breve uma ampla pesquisa por amostragem para detectar qual é o real nível de transmissão da Covid-19 no Rio Grande do Norte. A testagem em massa tem o objetivo de subsidiar o planejamento de ações para enfrentamento da doença, que é causada pelo novo coronavírus.
A ideia é realizar um estudo semelhante ao que está sendo encampado por pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) em parceria com o Ministério da Saúde. O levantamento nacional, que acontecerá por etapas, vai testar cerca de 33 mil pessoas em 133 municípios, inclusive no RN.
“Temos alguns projetos em curso para a realização de testes por amostragem em municípios que estão com a situação epidemiológica mais alarmante, para a gente conseguir determinar o perfil de transmissão. Isso está em análise e será efetivado, se tudo correr da forma como estamos planejando, em breve”, disse nesta quarta-feira (27) a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap, Alessandra Lucchesi.
Se acontecer nos mesmos moldes da pesquisa da UFPel, o estudo no Rio Grande do Norte será com testes enviados pelo Ministério da Saúde ou adquiridos em parceria com empresários. O estoque atual de exames para pacientes não seria incluído no levantamento.
Atualmente, a rede estadual de saúde possui 72 mil testes em estoque para diagnosticar a Covid-19, e outros 44 mil foram distribuídos para os municípios. Os exames são divididos em dois tipos: o RT-PCR, que identifica o novo coronavírus a partir da análise molecular, e o teste rápido, que mede se o paciente desenvolveu anticorpos para a doença.
No caso do RT-PCR, a indicação é para quem está com sintomas há no máximo uma semana e pertence ao grupo de risco para a Covid-19, isto é, idosos e pessoas com doenças pré-existentes, como diabetes, hipertensão e obesidade.
Já o teste rápido, por medir anticorpos, é feito somente em quem teve sintomas por uma semana e está há pelo menos três dias sem sentir nada. Também é preciso ser do grupo de risco para ter acesso ao exame na rede pública.
Nos dois casos, além dos integrantes do grupo de risco, pacientes internados e profissionais da saúde e da segurança pública conseguem fazer o exame.
De acordo com Alessandra Lucchesi, apesar dos 116 mil exames em estoque, a Sesap não cogita neste momento alterar o protocolo para a realização de exames. Segundo ela, como a pandemia ainda está em ascensão no Rio Grande do Norte, a demanda por testes pode crescer nos próximos dias.
“Realizar a testagem indiscriminada se torna complicado porque estamos nos aproximando do pico da pandemia e não temos garantia de disponibilidade de estoque de testes daqui para a frente. O uso está sendo racional porque temos necessidade do controle”, afirmou.
A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica explicou que a testagem em massa da população tem o objetivo de definir melhor o perfil da doença, mas que, no momento, a recomendação sobre o uso dos testes não vai mudar porque a indicação atual visa dar informações para que a Sesap organize melhor a rede de assistência a quem, de fato, está doente e pode ter complicações.
Alessandra Lucchesi não soube determinar até quando o estoque atual de testes será suficiente, mas garantiu que não haverá falta de exames pelos próximos 15 dias. “Hoje temos uma taxa de transmissão que varia de 1,9 a 2,1 (ou seja, cada pessoa contamina até duas pessoas). Se essa taxa aumentar, esse estoque poderá sofrer variações. Então, não há como prever até quando é suficiente”, disse.

RN registra 22 óbitos em 24 horas no pior dia da pandemia

A Sesap informou nesta quarta que o número de mortes provocadas pelo novo coronavírus no Rio Grande do Norte chegou a 242. Foram 22 óbitos confirmados em apenas 24 horas.
Trata-se do maior número de mortes para um dia desde o início da pandemia. O recorde anterior tinha sido registrado no último domingo (24), quando foram confirmadas 16 mortes.
Ainda segundo a Secretaria de Saúde, são 5.630 casos confirmados da infecção, 14.035 suspeitos e 11.207 descartados. Todos os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dedicados ao tratamento da Covid-19 estão ocupados.
Fonte: Agora RN