quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Lula desmonta mentiras e aponta falta de provas em depoimento

Em depoimento concedido nesta quarta-feira (13) ao juiz Sérgio Moro, na 12ª Vara Federal de Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu a todas as acusações que lhe foram feitas por réus que assinaram acordos de delação com aJustiça para obter vantagens penais, como o ex-deputado Antônio Palocci e o ex-senador Delcídio Amaral.
Já sobre o fundamento principal da acusação que o Ministério Público Federal lhe imputa neste processo, não houve sequer uma pergunta por parte de Moro ou dos procuradores. Segundo a denúncia, a empreiteira Odebrecht iria doar ao Instituto Lula um terreno, supostamente em troca de ter sido beneficiada pelo ex-presidente para fechar oito contratos com a Petrobras. Tal doação jamais ocorreu, conforme admitem os próprios acusadores. Nem Moro nem os procuradores procuraram provar ou mesmo esclarecer de qual forma Lula teria agido para influenciar a estatal a assinar os tais contratos.
Assim, coube a Lula apenas refutar as acusações sem provas que lhe são foram feitas pelos delatores, e apontar a aparente parcialidade na condução do processo por parte da 12ª Vara Federal de Curitiba.
Sobre as alegações feitas por Antônio Palocci, que se encontra preso há mais de um ano e negocia agora um acordo de delação que possa lhe tirar da cadeia, Lula disse: “ A única coisa que tem verdade ali é que ele está fazendo a delação porque ele quer os benefícios que podem vir dela. Eu vi o Palocci mentir aqui essa semana. Fiquei com pena. Ele está preso há mais de um ano, tem o direito de querer ser livre, tem o direito de querer ficar com um pouco do dinheiro que ele ganhou fazendo palestra, ele tem família. Mas o que ele não pode, se não quer assumir a responsabilidade pelos fatos ilícitos que fez, é jogar (a responsabilidade) em cima dos outros”.
A acusação de que a Odebrecht tinha o intuito de doar um terreno para o Instituto Lula foi sustentada por Palocci, em consonância à acusação feita pelos procuradores daOperação Lava Jato, que agora negociam com o ex-ministro seu acordo de delação premiada.
O juiz Sérgio Moro se ateve longamente às afirmações de Palocci, enquanto preferiu ignorar provas e testemunhos que apontam as fragilidades da acusação.
Em 12 de junho deste ano, por exemplo, Emílio Odebrecht, presidente do Conselho Administrativo do grupo que leva seu nome, afirmou ao próprio juiz Sérgio Moro, com todas as letras, que nunca teve intenção de doar terreno nenhum ao Instituto Lula.
Na ocasião, o empresário afirmou também não ter conhecimento sobre qualquer relação entre a compra do terreno referido na ação penal e a concretização de oito contratos específicos que a Odebrecht firmou com a Petrobras. Moro, porém, preferiu ignorar este depoimento, e focar sua atenção em Palocci.
Assim, Lula observou nesta quarta-feira que teme que o juiz de primeira instância do Paraná possa estar sendo parcial na condução dos processos contra ele. O ex-presidente deu como exemplo o fato de que Moro chega a levar mais em consideração o que é publicado em veículos de imprensa do que dados oficiais dos processos. “Na condenação sobre o caso do apartamento tríplex, o senhor cita o jornal O Globo 15 vezes e cita apenas cinco vezes falas das testemunhas (foram mais de 70 pessoas ouvidas nos autos). O senhor precisa começar a ler também outros jornais”, recomendou Lula. “Certo”, respondeu Moro.

Imóvel alugado em São Bernardo

Outra parte da acusação no presente processo afirma que um apartamento que Lula e sua família alugam desde o início da década de 2000 seria, na realidade, uma propriedade oculta do ex-presidente, dada ele de presente pela empreiteira Odebrecht, novamente em troca de supostos benefícios em oito contratos firmados com a Petrobras.
O atual proprietário do imóvel, Glauco da Costa Marques, já afirmou em juízo e apresentou documentos que mostram ser ele o dono do bem. Sérgio Moro, então, quis saber se Lula pagava o aluguel regularmente. Lula esclareceu que todos os pagamentos constam em sua declaração de imposto de renda e também nas declarações do proprietário. O ex-presidente afirmou ainda que tais pagamentos ficavam a cargo da ex-primeira-dama Marisa Letícia, já que o imóvel fica no mesmo andar da residência da família, e servia como base para os seguranças do então presidente. Responsável que era pelas questões de economia doméstica do casal, dona Marisa ficava a cargo desses pagamentos.
Sérgio Moro, porém, tentou nesta quarta-feira inverter o ônus da prova – obrigação de quem acusa -, insistindo para que Lula apresentasse recibos de pagamentos desses aluguéis, “como um conselho para esclarecer as acusações”. Neste momento, o advogado Cristiano Zanin teve que intervir, recordando ao juiz de primeira instância os fundamentos do Direito. “Agradeço seus conselhos, doutor, mas seguiremos o mando constitucional e deixamos para quem acusa a obrigação de provar sua acusação. São os procuradores que precisam apresentar provas sobre o que afirmam”, disse o defensor.
Assista aos vídeos do depoimento:

Por Lula.com.br

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Indicado de Rogério Marinho no IBAMA é alvo de operação da Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (12/9), a OPERAÇÃO KODAMA que visa reunir provas dos crimes de prevaricação, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, bem como, evitar a continuidade de atos lesivos que estariam sendo cometidos contra o meio ambiente no Rio Grande do Norte.
Cerca de 50 policiais federais estão cumprindo 11 mandados judiciais de busca e apreensão, além de uma medida cautelar de afastamento de função pública de Clécio Antônio Ferreira dos Santos . As buscas acontecem nas cidades de Natal, Goianinha, Ceará-Mirim e Tibau do Sul.
Clécio vinha sando bastante contestado dentro do órgão por funcionários de carreira e foi alvo de denuncias nos últimos tempo por “desmandos e favorecimentos” a empresas e empresários segundo essas denuncias.
Clécio Santos é muito ligado e homem de confiança do deputado federal Rogério Marinho, foi indicado por ele para superintendência do órgão.
A investigação que culminou com a operação deflagrada hoje foi iniciada nos primeiros meses deste ano, teve como ponto de partida os dados constantes no Relatório de Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) e em um Processo administrativo Disciplinar instaurado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), quando várias irregularidades restaram atribuídas ao Superintendente desse órgão no RN.
Foram ainda identificadas em um primeiro momento pelo menos 10 condutas de favorecimento ilícito a pessoas físicas e jurídicas, as quais teriam sido beneficiadas indevidamente por meio da anulação de autos de infração, desembargo de atividade e restituição de bens apreendidos. Mediante tais procedimentos, deu-se aparência de regularidade na aquisição de aproximadamente 8 toneladas de lagosta de origem não comprovada, como também, se conferiu legitimidade ao funcionamento irregular de empreendimento hoteleiro construído em área de preservação permanente e localizado na praia de Tibau do Sul,.
Diante da gravidade dos fatos, a 14ª Vara da Justiça Federal/RN acolheu a representação policial e determinou o afastamento de Clécio.
Com Informações do Blog do BG

Cantor Zezé de Camargo diz que a Ditadura no Brasil não existiu e é respondido a altura

Zezé Di Camargo afirmou em entrevista à jornalista Leda Nagle que não acredita que o Brasil tenha vivido uma ditadura militar entre os anos de 1964 e 1985.
“Eu vou falar um absurdo aqui para você, as pessoas vão me criticar, jornalistas vão falar de mim, achar que sou um maluco. (…) Muita gente confunde militarismo com ditadura, todo mundo fala ‘nós vivíamos numa ditadura’. Nós não vivíamos numa ditadura, nós vivíamos num militarismo vigiado”, disse.
O cantor, que faz dupla com o irmão, Luciano, continuou, explicando o que ele entende por ditadura. “Ditadura é a Venezuela, Cuba com Fidel Castro e até hoje vive, Hungria, Coreia do Norte, China, esses são realmente ditadores. O Chile com o Pinochet. A Argentina também viveu isso. O Brasil nunca chegou a ser uma ditadura daquelas que ou você está a favor ou você está morto.”
Leda lembrou que houve prisões, confrontos e tortura durante os 21 anos da ditadura militar, mas o sertanejo rebateu. “Mas não chegou a ser tão sangrenta, tão violenta”.
A fala de Zezé provocou reações diversas nas redes sociais. O jornalista e ex-colunista da Folha, Xico Sá, foi sucinto: “Se o pau-de-arara fosse no seu cu, Zezé, talvez você tivesse outra opinião”.
Atônitos com o posicionamento do cantor, muitos internautas seguiram o mesmo tom nas críticas.
“As calças tora-toba-quebra-côco que ele usa devem ter partido o cérebro dele em vários pedaços…”, ironizou um internauta.
“Alguém lembrou que o Zezé e seu irmão não conseguiram tocar em uma rádio porque a música fazia uma suposta crítica à ditadura militar. Essa passagem está no filme da dupla sertaneja que este rapaz atuava. Penso que, na falta de um refrão ou de um teleprompter, algumas pessoas tem dificuldade em concluir um raciocínio coerente”, escreveu outro.

Barbárie

Os registros e relatos de tortura durante a ditadura militar no Brasil comprovam o tamanho da barbárie promovida pelo regime de exceção.
De acordo com arquivos do próprio DOPS (Departamento de Ordem Política e Social), os crimes cometidos pelo aparelho policial-militar da ditadura incluíram prisões ilegais, sequestros, torturas, lesões corporais, estupros e homicídios que, segundo estimativas da Procuradoria da República, vitimaram cerca de 30 mil cidadãos.
Os arquivos do DOPS se tornaram públicos em 1992, mas muitos documentos foram retirados pelos policiais quando estavam sob a guarda do então diretor da Polícia Federal e ex-diretor geral do DOPS, Romeu Tuma.
Entre os remanescentes estão os laudos periciais falsos, produzidos no próprio DOPS, que transformavam homicídios cometidos pelos agentes do Estado em suicídios, atropelamentos, fugas. No caso dos desaparecidos, os corpos eram enterrados sob nomes falsos em valas de indigentes em cemitérios de periferia.
Uma das milhares de vítimas da ditadura militar, Amelinha Teles relembrou recentemente os momentos de terror que viveu nas mãos dos militares.
“Levaram meus filhos para uma sala, onde eu me encontrava na cadeira do dragão (instrumento de tortura utilizado na ditadura militar parecido com uma cadeira em que a pessoa era colocada sentada e tinha os pulsos amarrados e sofria choques em diversas com fios elétricos atados em diversas partes do corpo) , nua, vomitada, urinada, e meus filhos foram levados para me ver assim. O que é isto? Para mim, foi a pior tortura que eu passei. Meus filhos tinham 5 e 4 anos. Foi a pior tortura que eu passei”

Violência sexual

Muitas vítimas fatais da ditadura foram submetidas a violência sexual antes de desaparecer ou de ser assassinadas. Emmanuel Bezerra dos Santos é um desses casos. Em 1973, segundo denúncia feita por outros presos políticos, antes de ser morto sob tortura, no DOI-Codi de Sao Paulo,o jovem de 26 anos teve seu pênis e testículos arrancados, junto com dedos e umbigo.
Conforme relato de Inês Etienne Romeu, sobrevivente da Casa da Morte, em Petrópolis, antes de sumir, em julho de 1971, Heleny Ferreira Telles Guariba também sofreu violência sexual. Foi torturada durante três dias, “inclusive com choques elétricos na vagina”.
Anatália de Souza Melo Alves teve seus órgãos genitais queimados, antes de sua morte, em janeiro de 1973, no local em que funcionava a Seção de Comissariado da Delegacia de Segurança Social da Secretaria de Estado dos Negócios de Segurança Publica, em Pernambuco.
Os registros da prática de violência sexual por agentes públicos indicam que ela ocorria de forma disseminada em praticamente toda a estrutura repressiva. Nos testemunhos analisados pelo grupo de trabalho “Ditadura e Gênero” são citados Deic, DOI-Codi, Dops, Base Aérea do Galeão, batalhões da Polícia do Exército, Casa da Morte (Petrópolis), Cenimar, Cisa, delegacias de policia, Oban, hospitais militares, presídios e quartéis.
Eram constantes as ameaças de caráter sexual ou de gênero e suas práticas. Há ainda registros de introdução de objetos (principalmente fios elétricos) ou animais na vagina ou ânus dos presos políticos, utilização de presilhas nos órgãos genitais e casos em que o pênis foi amarrado para impedir a vítima de urinar.
Por: Pragmatismo Político

domingo, 10 de setembro de 2017

Mulher de Mujica, Lucia Topolansky assumirá vice-presidência do Uruguai

A senadora Lucia Topolansky , ex-guerrilheira e esposa do ex-presidente José “Pepe” Mujica, irá assumir a vice-presidência do Uruguai, depois da renúncia de Raúl Sendic, no último sábado (9), que foi denunciado por utilizar um cartão corporativo para fazer compras pessoais.

Segundo as informações do jornal Folha de S. Paulo , Lucia, de 72 anos, assumirá o cargo como vice-presidente por ter sido a segunda senadora mais votada na coligação que obteve mais votos nas últimas eleições. Normalmente, o primeiro mais votado é quem deveria assumir o cargo – porém, nesse caso, seria o próprio Mujica e, como a reeleição não é prevista na Constituição do Uruguai , o segundo mais votado toma a cadeira. 

Raúl Sendic deixou o posto ontem, depois de ser acusado de usar um cartão corporativo para fazer compras pessoais. Ele renunciou depois de o Tribunal de Conduta do seu partido, o esquerdista Frente Ampla (mesmo do ex-presidente), ter decidido que os atos descritos pelas denúncias não deixam dúvidas de que o agora ex-vice-presidente tenha "atuado de maneira inaceitável no uso de dinheiro público". Ainda pelas denúncias, o uso incorreto do cartão teria ocorrido quando Sendic era presidente da estatal petroleira Ancap, entre 2010 e 2013. 

O ex-vice-presidente é afilhado político de Mujica . O pai de Sendic, que tem o mesmo nome, fundou o grupo guerrilheiro Movimento de Liberação Nacional - Tupamaros (MLN-T), durante os anos de 1960 e 1970, para lutar contra a ditadura militar no país. 
Foi participando do MLN-Tupamaros que Lucia e Mujica se conheceram. Os dois também foram presos na década de 1970. Depois disso, Lucia acabou virando política, tendo passado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
Quando Mujica estava à frente do país, Lucia estava no cargo como senadora e chegou a assumir a presidência do Uruguai interinamente, por alguns dias, porque o presidente e o vice estavam em viagens ao exterior. Além de já ter sido membro do MLN-Tupamaros, ela também faz parte do Movimento de Participação Popular e Frente Ampla .


Flagra: Janot e advogado de Joesley conversam em bar de Brasília

Rodrigo Janot e o advogado Pierpaolo Bottini, que defende Joesley Batista, tiveram um encontro fora da agenda num boteco de Brasília, neste sábado.
O Antagonista obteve com exclusividade o registro fotográfico feito por um frequentador do local.
A testemunha diz que ambos conversaram por mais de 20 minutos. Para não chamar atenção, escolheram uma mesa de canto, ao lado de uma pilha de caixas de cerveja. Janot não tirou os óculos escuros:
A assessoria de Janot não retornou o contato de O Antagonista. Bottini confirmou o encontro fora da agenda, mas disse que foi “casual”. Veja abaixo a explicação do advogado:
“Na minha última ida a Brasília, este fim de semana, cruzei casualmente com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, num local público e frequentado da capital. Por uma questão de gentileza, nos cumprimentamos e trocamos algumas palavras, de forma cordial. Não tratamos de qualquer questão outra ou afeita a temas jurídicos. Foi uma demonstração de que as diferenças no campo judicial não devem extrapolar para a ausência de cordialidade no plano das relações pessoais.”
Por: Thaisa Galvão

Papa ao clero: cobiça pelo poder e corrupção distorcem as vocações da Igreja

No último compromisso deste sábado, 9, em Medellín, o Papa Francisco encontrou sacerdotes, consagrados, seminaristas e seus familiares na Praça dos Touros de “La Macarena”.
Para um público formado pelo clero, o Papa Francisco começou seu pronunciamento fazendo referência ao Evangelho de João, no contexto da Última Ceia de Jesus. Era noite “eucarística”, de amor, mas também de tensão, e o Pontífice sugeriu que aquele momento fosse repetido ali, em Medellín, depois de ouvir os testemunhos da história viva de Jesus, em “vocações genuínas”, através dos 14 anos de vida consagrada da carmelita contemplativa, Ir. Leidy de São José; de María Isabel Arboleda Pérez, da Associação de Mães e Sacerdotes e Seminaristas, ativa há 24 anos; e do Pe. Juan Felipe Escobar, da Arquidiocese de Medellín, que trabalha nas periferias da cidade, anunciando o Evangelho.
“Como diz o Documento de Aparecida, ‘conhecer Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-Lo encontrado foi o melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-Lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria’ (n. 29). […] Por natureza, os jovens são ricos de aspirações e, apesar de assistirmos a uma crise do compromisso e dos laços comunitários, são muitos os jovens que, à vista dos males do mundo, se mobilizam conjuntamente e se dedicam a diferentes formas de militância e voluntariado. Quando o fazem por amor de Jesus, sentindo-se parte da comunidade, tornam-se «caminheiros da fé», felizes por levar Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra (cf. Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 107).”
O Papa Francisco lembrou, assim, da videira mencionada por Jesus no texto proclamado no encontro, que é a videira do “povo da aliança”: às vezes expressa uma alegria, outras, uma desilusão, mas jamais o desinteresse. O Pontífice, então, questionou:
“Como é a terra, o alimento, o suporte onde cresce esta videira na Colômbia? Em que contextos são gerados os frutos das vocações de especial consagração? Certamente em ambientes cheios de contradições, de luzes e sombras, de situações relacionais complexas. Gostaríamos de contar com um mundo de famílias e vínculos mais serenos, mas somos parte desta crise cultural; e é no meio dela, contando com ela, que Deus continua a chamar. […]  Desde o início, foi assim: Deus manifesta a sua proximidade e a sua eleição; Ele muda o curso dos acontecimentos, chamando homens e mulheres na fragilidade da história pessoal e comunitária. Não tenhamos medo! Nesta terra complexa, Deus sempre fez o milagre de gerar cachos bons, como as torradas para o café da manhã. Que não faltem vocações em nenhuma comunidade, em nenhuma família de Medellín!”
FONTE: Canção Nova

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Gás de cozinha vendido no RN deve chegar a R$ 90 até abril de 2018, diz sindicato

O preço do botijão de gás de cozinha vendido no Rio Grande do Norte, que atualmente custa entre R$ 50 e R$ 55, deverá subir a R$ 90 até abril de 2018. A estimativa é do Sindicato dos Revendedores de Gás do estado. Já a partir desta quarta-feira (6), quando passa a valer um aumento de 12,2% anunciado pela Petrobras, os valores poderão ficar entre R$ 58 e R$ 65.

De acordo com o presidente do Singás/RN, Francisco Correia, os reajustes para o consumidor final serão maiores que os 12% anunciados porque setembro é o mês da data-base dos trabalhadores do setor (renegociação dos salários), o que normalmente provoca aumento. Com isso, o aumento total deverá ficar em 17%.

Entretanto, de acordo com ele, a mudança ocorre principalmente por causa da atual política da Petrobras. Correia argumenta que a estatal quer igualar o preço do produto ao praticado na Europa, mas não leva em conta particularidades locais, como a produção de gás no país e a realidade dos consumidores.

Nos últimos dois meses, reajustes de 6,5% e 6,7% já tinham sido realizados. "Três meses atrás o preço médio aqui no estado era de R$ 45", conta o empresário.

A estimativa do setor é que até abril o aumento total seja de 45%. "Não houve aumento de insumo. A Petrobras está simplesmente igualando os preços ao praticado na Europa e aumentando seu caixa", afirmou. "Nem leva em conta que temos produção logo aqui, em Guamaré", reforça.

"Isso é ruim para o consumidor e para nós também. O preço pode ficar até maior, porque também existe aumento dos impostos", considerou o representante do sindicato.

Ainda segundo o sindicato, o preço só será reajustados nas revendedoras conforme o estoque for renovado - processo que já começa nesta quarta-feira (6) vai até o final da semana.

O motivo da alta de 12% em setembro, segundo a Petrobrás, é o furacão Harvey, que atingiu o Texas, nos Estados Unidos, maior exportador mundial do produto. Com a menor oferta de gás para os mercados consumidores, o preço acabou subindo.

FONTE: VNT Online

Câmara aprova permissão para que cartórios emitam RG e carteira de trabalho

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira,5, em plenário, proposta que permite que cartórios emitam carteiras de identidade e de trabalho e cobrem por esses serviços.
Hoje, esses documentos são emitidos apenas por órgãos públicos, gratuitamente. Como já tinha sido aprovada pelo Senado, a matéria seguiu para sanção presidencial.
A proposta foi aprovada por meio de uma emenda do deputado Júlio Lopes (PP-RJ) à medida provisória (MP) 776/2017, que altera a Lei de Registros Públicos.
O texto original da matéria apenas permitia que a certidão de nascimento indique, como naturalidade do filho, o município de residência da mãe na data do nascimento, desde que localizado no Brasil.
A emenda de Lopes, por sua vez, incluiu na MP autorização para cartórios prestarem outros serviços remunerados à população na área de credenciamento ou matrícula com órgãos públicos e entidades interessadas, como a emissão de RGs e carteiras de trabalho. Para prestar o serviço, os cartórios precisarão fazer convênios com esses órgãos públicos.
Partidos de oposição, como PT, Psol e PCdoB, questionaram a emenda. “O mínimo que os senadores poderiam ter feito era especificar quais serviços remunerados os cartórios vão poder executar”, reclamou o líder do Psol, deputado Glauber Braga (RJ)..
FONTE: Agora RN

Lula encerra caravana histórica renovado pelo contato com povo

“Eu tô cansado, mas tô feliz da vida. Esse é o cansaço da batalha, da labuta, não é o cansaço da preguiça. E se eles querem me derrubar, que venham pra rua”. A fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva marca o fim de uma jornada de 21 dias, de uma intensa viagem a mais de 30 cidades, cortando pela estrada os nove estados nordestinos. Um viagem que, como lembra o ex-presidente, não foi contada nas páginas dos jornais.
A caravana, que tocou milhares de corações das capitais aos sertões, foi o reencontro de Lula com o Brasil que ajudou a construir. Do Pernambuco, de onde saiu ainda menino aos 7 anos de idade para fugir da seca e da fome, a Salvador, onde o Brasil começou e por onde o ex-presidente deixou um legado que inclui a criação da Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira) – na qual foi patrono de uma turma de formandos brasileiros e africanos. Para Lula, a criação da universidade é parte do pagamento da dívida histórica dos brasileiros com o continente africano.
Aos 71 anos, o ex-presidente não se intimidou pelas horas de estrada, e nem mesmo pela rouquidão – Lula chegou a fazer oito discursos em um dia – e a agenda pré definida sucumbiu à vontade do povo, que ao saber da passagem da caravana Lula Pelo Brasil, organizava paradas improvisadas, na esperança de conhecer um nordestino que deixou o sertão, mas que dele não se esqueceu.
A etapa nordestina da caravana Lula pelo Brasil tem uma simbologia especial. Remeteu a um Brasil que superou a miséria e a fome e ampliou o acesso a universidade. Em 21 dias, cinco títulos de Doutor Honoris Causa foram concedidos ao torneiro mecânico sem diploma que veio a se tornar o presidente da República que mais criou universidades no país. Somaram-se aos de Salamanca, de Coimbra, e mais 27 instituições e hoje são 34.
Faltou um. Suspendida por decisão judicial, a cerimônia que entregaria o 35º título a Lula na UFRB (Universidade do Recôncavo Baiano) não ocorreu. “E naquele mesmo dia uma negra quilombola estava se formando doutora na universidade. Esse é meu título”, comemorou Lula.
“O que eu tenho orgulho? Hoje o Nordeste tem 1 milhão e 600 mil jovens na universidade. São 20% dos universitários no país. Pela primeira vez, mais do que a região Sul. O mesmo Nordeste que era conhecido pelo analfabetismo e pela evasão escolar”, disse Lula, durante o encerramento da caravana em São Luís, no Maranhão. O último ato de Lula no Maranhão reuniu mais alguns milhares de pessoas, a exemplo das multidões atraídas pela caravana.
“Essa caravana mexeu com o coração do povo brasileiro, apesar da grande imprensa não ter noticiado”, pontuou o ex-presidente, ao agradecer a hospitalidade do povo nordestino que recebeu Lula de braços abertos, por todos os lugares onde passou. Prefeitos, governadores e os movimentos sociais e sindicais também foram lembrados pelo ex-presidente, que agradeceu a dedicação à caravana.
“Eu comecei a caravana em um encontro com trabalhadores do Metro, foi uma das coisas mais emocionantes da minha vida. Eu que lidei com trabalhadores a vida toda, eu nunca vi pessoas com tanta esperança de recuperar o país quanto os trabalhadores que me receberam naquele dia”, disse Lula, ao relembrar a chegada a Salvador no dia 17 de agosto.
Esperança foi o tom da caravana Lula Pelo Brasil. Esperança ao povo que deixou a fome para trás e que agora não deve aceitar a sombra do retorno da miséria. “A fome não leva à revolução, leva à submissão. Porque a pessoa não tem força sequer pra lutar. Daí o pobre não se organiza em partido, em sindicato”, frisou Lula, que se tornou o presidente responsável por tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU.
Lula encerrou a caravana com um recado e uma convocação. ‘Pra ser respeitado o Brasil precisa gostar de si mesmo. Ninguém pode perder a esperança. Se eles pensam que o problema é o Lula, é bom eles tirarem o cavalo da chuva. Porque nós já temos milhões e milhões de pessoas que pensam como o Lula”. Nesta quarta-feira, Lula retorna a São Bernardo do Campo.

ESTAMOS DE VOLTA!!!!!

ESTAMOS DE VOLTA COM NOSSAS INFORMAÇÕES ATUALIZADAS!