quarta-feira, 4 de março de 2015

Na Argentina, manifestantes saem em defesa do governo Cristina Kirchner

A chuva não assustou a multidão que se concentrou diante do Congresso da Nação para acompanhar o discurso da presidenta Cristina Kirchner. Com uma majoritária presença de juventude, que marcou o tom da mobilização, colunas de La Cámpora, Kolina, Movimento Evita e Unidos e Organizados se reuniram naquele espaço público com milhares de outros manifestantes entre lemas como “Cristina somos todos” e “Yankees nem se atrevam”.
Desde as primeiras horas da manhã, compactas colunas de manifestantes começaram a mobilizar-se em direção à Praça do Congresso pelas avenidas 9 de Julio, Callao e Avenida de Mayo. Os manifestantes avançaram de maneira ordenada ao lado das barreiras metálicas colocadas nas laterais da praça a fim de impedir a circulação pelo centro do calçamento, por onde chegou e se afastou o automóvel oficial da presidenta.
Às organizações sociais e juvenis se somaram os trabalhadores de sindicatos como Uocra, UOM, Vialidad Nacional, Smata, Suterh e muitos outros grupos provenientes dos municípios da Grande Buenos Aires. Os principais lemas que se puderam ler nos cartazs, faixas, camisetas e volantes eram: “Cristina somos todos”; “Yankees nem tentem” “Este caminho é irreversível”.


O kirchnerismo lotou a Praça do Congresso para demonstrar apoio à presidenta
do Clarin
Com o fantasma da comparação com a manifestação da oposição de 18 de fevereiro, o kirchnerismo conseguiu uma maciça mobilização na tarde deste domingo para acompanhar a presidenta Cristina Kirchner em sua última abertura de sessões ordinárias do Congresso. Ainda que tenha caído um par de chuvarada forte, a chuva terminou não sendo um fator, como foi naquela marcha de silêncio em homenagem ao procurador Alberto Nisman.
A mobilização teve início logo cedo e se bem que muitas organizações kirchneristas e sindicatos já estivessem se aglomerando diante do Congresso quando a presidenta chegou ao meio-dia, milhares de pessoas continuaram afluindo à praça pelas ruas laterais quando o discurso da chefe de Estado já estava em curso..
Por volta da uma da tarde uma grande coluna do Movimento Evita continuava ingressando pela avenida de Mayo, para situar-se ao longo da rua Hipólito Yrigoyen. Do outro lado, na avenida Rivadavia, postou-se uma numerosa coluna da ultracristinista La Cámpora. Também foram vistas bandeiras da Kolina (de Alicia Kirchner), da Tupac Amaru, Nuevo Encuentro, Descamisados, a Corrente Martín Fierro, Miles (de Luis D’Elía) e de Unidos e Organizados, entre outras agrupações.
As colunas do sindicalismo aliado ao governo se instalaram na avenida Entre Ríos. Houve a presença de UOM e Smata, dos estatais da UPCN e da UOCRA, entre outros. A Central de Trabalhadores da Argentina governista ficou localizada sob uma enorme bandeira na rua Hipólito Yrigoyen.
A mobilização vindas de distintos pontos da Grande Buenos Aires ficou visível pelas centenas de ônibus estacionados ao longo das principais avenidas próximas ao Congresso. Governadores K (de Kirchner) trouxeram gente de suas províncias. A avenida  9 de Julio transformou-se num grande estacionamento de ônibus de dois andares de longa distância.
Houve duas chuvaradas fortes às 12h40 e às 13h15 porém não duraram mais de 10 minutos, embora o dia permanecesse bastante instável e por momentos com chuva insistente. Todavia, não chegou a alterar a manifestação.
Por meio de telões instalados na praça, a multidão acompanhou o discurso presidencial. Após um longo relato das políticas de cada área de governo, a primeira explosão de entusiasmo da multidão foi quando, quase aos gritos, Cristina Kirchner defendeu sua atuação histórica em torno da investigação do atentado contra a AMIA.
FONTE: PÁGINA 13

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