terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Conferência de saúde do trabalhador e trabalhadora questiona impactos do modelo de desenvolvimento

A 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CNSTT) foi aberta na noite dessa segunda-feira (15/12), em Brasília, com o tema “Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Direito de Todos e Todas e Dever do Estado”. A solenidade teve a presença da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, do ministro da Saúde, Arthur Chioro, de representantes dos conselhos nacionais de Saúde, de Secretários Estaduais de Saúde e de Secretários Municipais de Saúde. Também participaram o Ministério Público do Trabalho, a Central Única dos  Trabalhadores, Nova Central dos Trabalhadores, a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, a Força Sindical, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e a União Geral dos Trabalhadores.
O objetivo do evento é propor diretrizes para a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. “Evidentemente que nós mulheres, com a tripla jornada de trabalho, sofremos um adoecimento muito maior e diferenciado do que sofrem os homens. Que as mulheres coloquem estas questões do adoecimento,pois são elas que convivem com o sofrimento e podem aquilatar o impacto no cotidiano de suas vidas",disse a ministra Menicucci.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, leu a mensagem da presidenta Dilma Rousseff. Esta ressaltou o compromisso de seu governo com uma Política Nacional de Saúde cada vez mais integrada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Destacou também o fato de ter assinado na própria segunda-feira (15), o decreto de convocação para a 15ª Conferência Nacional de Saúde, evento que, nas palavras da presidenta, ajuda “a promover um país mais saudável, inclusivo e justo”.
Reforma democrática –Chioro listou desafios da saúde a partir do desenvolvimento sustentável, entre os quais qualificar a capacidade produtiva e articular com o peso político de todas as centrais sindicais, do Ministério Público do Trabalho, de todo o governo e da sociedade.
A presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro de Souza, enfatizou que a intenção do evento é debater a reforma democrática do Estado. “Queremos discutir o modelo do desenvolvimento que mata e adoece. Não queremos desenvolvimento em cima silêncio e do adoecimento do trabalhador que põe a comida na mesa da população”, afirmou.
40 mil envolvidos– A deputada federal Erika Kokay (PT/DF), representando a Frente de Deputados e Deputadas pela Segurança do Trabalho, lembrou a violência sofrida, em plenário, pela deputada e ex-ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário (PT/RS). “Somos apenas 8,7% da Câmara. São as mulheres que têm mais patologias do trabalho, são elas que têm a dupla jornada”, salientou.
A agressão à deputada também serviu de mote da fala do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. Ele pediu uma salva de palmas para a parlamentar, ampliando sua manifestação para a violência contra as mulheres e crianças.
O balanço da preparação da conferência registra um total de 199 conferências ao longo de todo o país, com o envolvimento de 40 mil pessoas. Até a noite dessa segunda-feira (15/12), haviam se inscrito para o encontro em Brasília 944 delegadas e delegados. A participação das mulheres era mais forte do que a dos homens: 453 contra 447.
A organização do evento destacou ainda o fato de que o Brasil é o quarto país com mais mortes por trabalho, com quase três mil mortes por ano.

Comunicação Social
Secretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
Presidência da República – PR
FONTE: Secretaria de Políticas para as Mulheres - Governo Federal

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