quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Oposição se fortalece com a criação de dois novos blocos na Assembleia


Os deputados estaduais formaram blocos neste final de legislatura, indicando que, em 2013, o quadro de parlamentares oposicionistas e governistas estará mais nítido na Assembleia Legislativa. O destaque é a formação de dois fortes blocos de oposição, PT/PTB/PHS e PSD/PDT. Ambos se somam ao bloco do PSB, até então único formado com feição oposicionista. Com isso, a oposição soma três votos no Colégio de Líderes, onde se define o regime de tramitação das matérias. O governo conta com três votos neste colegiado, dos blocos de PMDB, PMN e PR. Um novo bloco, com DEM, PSDB e PV, estaria em vias de ser formalizado na manhã de hoje, este de caráter governista.
Os blocos são importantes porque seus representantes têm direito a voto no Colégio de Líderes, onde se define se uma matéria terá tramitação normal ou de urgência. Se for urgente, o texto segue direto para votação em plenário. Do contrário, tramita pelas comissões temáticas da Casa, num processo mais demorado. Como o governo envia as matérias apenas no final da legislatura, os deputados terminam sendo obrigados a dispensar a tramitação. Do contrário, o projeto não é apreciado, ficando para o ano seguinte.
“Hoje existe um sentimento entre os deputados de que não se deve mais deixar para enviar as matérias apenas durante a votação do orçamento. É preciso mudar essa cultura, que vem de gestões passadas, de modo a permitir que as matérias sejam melhor apreciadas, tramitando normalmente pelas comissões”, admite o deputado governista Leonardo Nogueira.
 
BLOCOS
No campo da oposição, foi oficializado o bloco de PT, PHS e PTB, com os deputados Fernando Mineiro (PT), Fabio Dantas (PHS) e Ezequiel Ferreira (PTB), sob a liderança do petista. Mineiro é oposição ao governo Rosalba e recebe agora o apoio de oposicionistas que até então trabalhavam com neutralidade. Dois episódios resultaram no endurecimento do tom em relação ao governo de Ezequiel e Fábio Dantas.
O petebista sentiu-se apunhalado pelo governo no processo que resultou na sua saída da presidência estadual do PTB. Já Fabio Dantas também credita ao governo uma manobra de última hora que gerou sua derrota na disputa pela indicação de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ambos votavam com o governo e agora assumem postura total de oposição.
Outra novidade é a junção dos deputados José Dias e Gesane Marinho, ambos do PSD, com o deputado estadual Agnelo Alves (PDT). Tratou-se de uma articulação do vice-governador Robinson Faria (PSD), que rompeu com o governo com menos de um ano de gestão, abdicando de três secretarias, passando a fazer oposição ao governo Rosalba.
Aliado de Agnelo e Carlos Eduardo, o presidente do PSD juntou o deputado do PDT e o deputado José Dias, que, aliás, não se dariam muito bem. Quanto a Gesane, a parlamentar votava com o governo e, a exemplo de Ezequiel e Fábio Dantas, passa à condição de oposicionista declarada. Os dois novos blocos oposicionistas se somam ao bloco do PSB, formado pelos deputados Márcia Maia, Gustavo Carvalho, Larissa Rosado e Tomba Farias. Deste grupo, apenas Carvalho tem votado com o governo.
Até o fechamento desta edição, a oposição tinha três blocos, o mesmo número de blocos do governo. Os blocos do governo são PMDB, dos deputados Walter Alves, Gustavo Fernandes, Poti Júnior, Nélter Queiroz e Hermano Morais; PR, dos deputados Vivaldo Costa, Kelps Lima e George Soares; e PMN, de Ricardo Motta, Raimundo Fernandes e Antonio Jácome.
Discute-se ainda a formação de um quarto bloco, com a junção dos deputados do DEM, PSDB e PV. Neste bloco estão os deputados Getúlio Rego (DEM), Leonardo Nogueira (DEM), Gilson Moura (PV) e Dibson Nasser (PSDB). Apesar disso, não houve confirmação da formação deste bloco até o fechamento desta edição.
FONTE: Jornal de Hoje

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