Reunidos em assembleia durante a noite de ontem, dia 15, os médicos do Estado, em greve há 17 dias, definiram por intensificar a greve diante da falta de propostas do governo. Os grevistas alegam que na semana passada a governadora Rosalba Ciarline se comprometeu a verificar a grana do estado, e convocar a categoria para a apresentação de uma proposta para a incorporação da gratificação de alta complexidade. Mas a reunião predefinida para a última segunda-feira não aconteceu e também não houve nenhuma sinalização do governo a respeito.
Por isso os médicos aprovaram durante assembleia novas diretrizes para o movimento grevista. A partir de hoje não ocorrerá nenhum tipo de atendimento ambulatorial, os atendimentos de urgência deverão ser encaminhados as UPAS e AMES e a obstetrícia deverá fazer uma triagem rigorosa, e se possível encaminhar as pacientes para a Maternidade das Quintas e Leide Morais.
O Sindicato orientou os médicos que tiverem problemas em seus plantões, decorrente a falta de insumos ou condições técnicas, a registrarem Boletim de Ocorrência em uma delegacia próxima com o objetivo de documentar a precariedade e dessa forma pressionar o governo.
Com essas denúncias documentadas o Sinmed pretende fazer um relatório sobre as condições de trabalho das unidades e solicitar ao Conselho Regional de Medicina vistoria e em determinadas situações a interdição de setores sem condição de atender pacientes. O Sinmed também deve tomar providências quanto ao SAMU, pois os médicos deste serviço ligados à cooperativa médica vêm prejudicando o movimento paredista.
FONTE: Jacson Damasceno.com.br