domingo, 14 de março de 2021

3 anos sem Marielle. 14 perguntas sem resposta


Neste domingo (14), completam-se 3 anos que a ativista, socióloga e política Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes foram assassinados brutalmente pelas milícias extremistas do Rio de Janeiro.
  • Quem mandou matar Marielle?
  • Qual a motivação do mandante do crime?
  • Por que ainda não se avançou na investigação sobre a autoria intelectual do crime?
  • Qual é a ligação do responsável pela clonagem do carro com o crime e o grupo de milicianos ligado a Adriano Nóbrega e o Escritório do Crime?
  • Qual é a conclusão das investigações sobre o extravio das munições e armas da Polícia Federal usadas no crime?
  • Quem desligou, como e a mando de quem as câmeras de segurança do trajeto que Marielle e Anderson percorreram?
  • Por que não existe uma atuação coordenada das instâncias em níveis estadual e federal sobre a elucidação do caso de Marielle e Anderson?
  • Por que até agora a Google não entregou os dados solicitados pelo MPRJ e a Polícia Civil para a investigação?
  • Por que houve tantas trocas no comando da Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro, responsável pela investigação do caso Marielle?
  • Houve tentativa de fraude nas investigações? Por quem?
  • Foi aberto um inquérito pela Polícia Federal para apurar as interferências na investigação do caso. Por que em meio a estas investigações, o superintendente regional da Polícia Federal do Rio de Janeiro foi trocado?
  • O presidente Jair Bolsonaro informou que Ronnie Lessa foi ouvido pela polícia federal sobre o caso do porteiro. Este interrogatório foi entregue ao Ministério Público e à Polícia Civil do Rio de Janeiro?
  • Por que o governo brasileiro não forneceu todas as informações demandadas pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas?
  • Por que as recomendações da Comissão Externa realizada no âmbito do Congresso Nacional no ano de 2018 ainda não foram implementadas?

Até hoje, o PM Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Queiroz, apontados pelas autoridades do Rio de Janeiro como os responsáveis, não foram julgados.

Durante a investigação, testemunhas foram dispensadas, confissões forçadas e "empecilhos técnicos" impediram a análise de imagens. 

No dia do crime, segundo o depoimento de um porteiro, Élcio acessou o condomínio onde moram Lessa e Jair Bolsonaro. Ele iria à casa 58, que pertence ao presidente.

Segundo o Jornal Nacional, o porteiro disse ter reconhecido a voz de quem atendeu como sendo a do "Seu Jair".

O Instituto Marielle Franco fará um tuitaço hoje em memória:

O Instituto lançou um dossiê com todas as informações que se têm do caso e uma linha do tempo. Ele levanta 14 perguntas, que até hoje seguem sem resposta:

Apenas 11% dos homicídios no Rio de Janeiro são solucionados, segundo o Instituto Sou da Paz. Mas o crime político vai muito além dos problemas tradicionais. 

O procurador-geral de Justiça do Rio, Luciano Oliveira Mattos de Souza, anunciou a criação de uma força-tarefa para concluir as investigações.

Fonte: Brasil 247

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