sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Em seu primeiro debate, Haddad falou sobre Lula, Imposto de Renda Justo, Reforma Tributária e imigração. Confira o resummo

“Estive ao lado do presidente Luladurante seus oito anos de governo.Lula, que foi o maior estadista da história desse país, tinha duas obsessões: trabalho e educação. Foi o presidente que mais gerou empregos na história do país e eu cuidei da parte da educação durante seis anos do seu governo. Dobramos os investimentos públicos por aluno na educação básica e abrimos as portas das universidades para os jovens trabalhadores. para o filho do pedreiro, para o filho da lavadeira. Nunca houve tanta democratização de acesso à educação superior e à educação profissional na história desse país como nesse período. Deus deu talento para todos nós. Cabe ao estado garantir oportunidade pra que esse talento se revele. nós podemos voltar a ser felizes de novo: o povo poder comer, beber, trabalhar, estudar”

Reforma tributária e Imposto de Renda Justo

Ainda durante debate, Ciro Gomes (PDT) perguntou a Fernando Haddad (PT) sobre reforma tributária. Haddad lembrou que, no Brasil, quanto mais pobre o cidadão é, mais impostos ele paga, proporcionalmente à renda, e isso tem que mudar. Por isso, Haddad , em seu governo, vai garantir a estados e municípios que a receita deles de impostos não vai cair, e substituirá uma série de impostos estaduais e municipais por um imposto de valor agregado simplificado.
Haddad voltou a falar sobre a proposta de imposto de renda justo: “é preciso cobrar dos milionários o que não pagam de impostos. Os brasileiros muito ricos não pagam imposto de renda sobre dividendos desde 1995, ao contrário do trabalhador que paga na fonte até 27,5%”. Haddad lembrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva colocou o pobre no orçamento pela primeira vez. Programas sociais que são uma espécie de reforma tributária: “o dinheiro chegou na mão do pobre por meio dos investimentos sociais”.
Outra proposta importante de Haddad é a isenção de imposto de renda para pessoas com renda de até cinco salários mínimos.

Reforma Trabalhista e Teto de Gastos

Fernando Haddad (PT) perguntou a Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o pacote de tétricas medidas implementadas pelo governo golpista de Temer e do PSDB, com foco nareforma trabalhista e no teto de investimentos públicos. Haddad afirmou que seu governo irá “revogar a reforma trabalhista que fragiliza o trabalhador frente ao empregador” e revogar o teto de gastos, posicionando-se também frontalmente contra a terceirização, como consta no plano de governo.
Haddad lembrou que a terceirização tira recursos da previdência, inclusive. O candidato do PT afirmou que a terceirização e o teto de gastos, que congela os serviços sociais do Brasil por 20 anos – aprovados pelo PSDB sob comando de Meirelles no Ministério da Fazenda no governo Temer – colocam em risco a saúde social do Brasil.
Haddad disse que é preciso prestar atenção ao sofrimento do povo: “se não olharmos para o trabalhador brasileiro agora, vamos colher frutos muito ruins. Precisamos recuperar a confiança do povo, não dos banqueiros. Vamos voltar a ser felizes de novo fazendo do povo parte da solução. Povo com dinheiro, a economia cresce e geraemprego”.
Nas palavras de Haddad, “durante 12 anos de estabilidade, geramos 20 milhões de empregos, sendo 17 milhões no setor privado. Nós vamos recuperar a confiança dos investidores e do povo mais pobre”.

Debate na TV Aparecida
Com Lula e Dilma, foram criados 20 milhões de empregos formais: havia mais trabalhadores com carteira assinada do que na informalidade. Foi por isso que, em 2014, tivemos o menor índice de desemprego da história, 4,9%, segundo a Pesquisa Mensal de Empregos do IBGE de abril de 2014. Com Temer, o desemprego voltou a crescer, chegando a 12,3%, ou seja, 12,9 milhões de pessoas desocupadas, segundo a última edição divulgada da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua, ago/18).

Imigração e tolerância

Indagado sobre a questão da migração de estrangeiros para o Brasil, durante o debate da TV Aparecida, Fernando Haddad (PT) lembrou da tradição brasileira de acolhimento e de sua própria história. Haddad é filho de migrante libanês que era agricultor familiar no Líbano e encontrou no Brasil uma oportunidade de criar seus filhos.
Haddad foi responsável por implementar uma política da Migração na cidade de São Paulo, que foi exemplo de como acolher os migrantes. Na prefeitura de São Paulo, Haddad inaugurou também o Centro de Referência e Acolhida para Imigrantes de São Paulo (CRAI), fruto de parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e o Ministério da Justiça. Também realizou mutirão para inscrição de imigrantes e refugiados no Cadastro Único.
Haddad falou ainda sobre a importância de combater a xenofobia e a intolerância. “O Brasil tem que dar exemplo de paz. Os países que optam por violência, colhem violência. O Brasil tem que plantar paz pra colher paz”.
No programa de governo de Fernando Haddad e Manuela d’Ávila, está presente a promoção dos direitos dos migrantes: o compromisso de Haddad com os direitos humanos não deixará ninguém para trás. O governo implementará políticas voltadas para todos os segmentos sociais. O governo Haddad promoverá o direito dos migrantes por meio de uma Política Nacional de Migrações e reconhecerá, de forma ampla, os direitos de refugiados. Além disso, serão implementadas políticas intersetoriais para a população em situação de rua.

Violência

Perguntado sobre a temática do enfrentamento à violência Haddad destacou dois eixos principais: voltar a investir no social e coibir com firmeza a violência.  Haddad afirmou que todos têm talentos e, por isso, cabe ao governo distribuir oportunidades. “É preciso criar oportunidades para jovens trabalhadores, criar emprego, inclusão educacional, para combater o crime e a violência”.
Com relação à segurança pública, Haddad defendeu um Sistema Único de Segurança Pública. Os prefeitos precisam trabalhar com governadores na organização dos territórios para coibir a violência. Haddad voltou a defender a federalização da investigação de crimes ligados a organizações criminosas, que atuam no plano nacional. Para tanto é necessário fortalecer a polícia federal para liberar as forças policiais estaduais para coibir crimes como homicídio, estupro e roubo.

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