quarta-feira, 4 de abril de 2012
RN aposta em microalgas
A Petrobras e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte inauguraram, na cidade de Extremoz (RN), ontem, uma planta piloto para cultivo de microalgas para produção de biodiesel. A iniciativa permitirá o avanço das pesquisas - realizadas até agora apenas em laboratórios - sobre o potencial das microalgas como nova alternativa de suprimento para biodiesel.
A solenidade teve a presença do presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, e do gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento de Abastecimento e Biocombustíveis, Alípio Ferreira Junior, além de representantes da universidade. "A produção de microalgas é um dos projetos de pesquisa prioritários da Petrobras, em razão da sua potencialidade de produção, atuando também na absorção de CO2 e na limpeza da água. Esse projeto coloca a Petrobras na vanguarda das pesquisas de renováveis na América Latina", explicou Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível.
Os executivos visitaram a planta, localizada a 16 km de Natal, e conheceram as instalações que contam com tanques abertos cuja capacidade é de quatro mil litros e nos quais as microalgas serão cultivadas. Dessa forma, será possível incrementar os estudos sobre a produtividade das microalgas e do seu teor de óleo nas condições climáticas do Rio Grande do Norte, região propícia ao cultivo desses organismos.
O projeto identificou cerca de 10 espécies de microalgas capazes de crescer em água de produção de petróleo, uma vez que serão cultivadas nesses tanques. Segundo os pesquisadores, as microalgas têm potencial de produção de óleo superior ao das oleaginosas típicas para biodiesel. Outra característica relevante é que "seqüestram" carbono com taxa mais elevada que vegetais. O projeto faz parte das Redes Temáticas, programa criado pela Petrobras em 2006, voltado para o relacionamento com as universidades e institutos de pesquisas brasileiros.
Hoje já há 50 redes que abrangem mais de 100 universidades e instituições de pesquisas de todo o Brasil. Nas redes, as instituições desenvolvem pesquisas em temas estratégicos para o negócio da Petrobras e para a indústria brasileira de energia. Desde 2006, a Petrobras investiu mais de R$ 3 bilhões em universidades e instituições nacionais de ciência e tecnologia, possibilitando às instituições conveniadas a implantação de infraestrutura, aquisição de equipamentos, criação de laboratórios, capacitação de pesquisadores/recursos humanos e desenvolvimento de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento em áreas como petróleo e gás e biocombustíveis.
FONTE: Tribuna do Norte