A Petrobras vai reajustar os preços do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) a partir desta quinta-feira. O aumento médio será de 5,3% em suas bases e refinarias em todo o país, informaram fontes do setor de distribuição.
Esta é a segunda alta consecutiva nos preços do produto. No dia 23 de maio, o reajuste médio foi de 5%. Mesmo assim, o GLP acumula queda média de 12% em 2020, pois nos primeiros meses do ano os preços sofreram quatro reduções, provocadas pela desvalorização do barril de petróleo no mercado internacional.
Os reajustes variam de acordo com as bases e refinarias. Na cidade paranaense de São Matheus do Sul, por exemplo, o aumento será de 8,3%, enquanto na Reduc, em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio de Janeiro, o reajuste será de 4,7%.
O consumo residencial, com os tradicionais botijões de 13 quilos, responde por cerca de 70% do mercado nacional de GLP. Apesar da redução média acumulada de 12% nos preços cobrados nas refinarias, para o consumidor o botijão tem se mantido na faixa dos R$ 70.
Na última semana, de 24 a 30 de maio, o preço médio do botijão de GLP no país foi de R$ 69,45, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). A forte procura para estocagem por causa da pandemia é apontada como uma das explicações para as reduções não serem repassadas para o consumidor.
Os aumentos recentes seguem tendência de valorização do petróleo no mercado internacional. Após os preços do barril terem desabado com a redução na demanda por causa da pandemia e aumento da oferta por uma disputa entre Rússia e Arábia Saudita, a commodity vem se valorizando nas últimas semanas com a retomada das atividades econômicas na Europa e na Ásia e a solução do impasse entre dois dos maiores produtores mundiais.
Nesta quarta-feira, o barril do tipo Brent — referência internacional — está sendo cotado a US$ 39,38. Já o WTI, referência nos EUA que chegou a ter preços negativos, está custando US$ 36,94.
O Globo
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