Prefeito proibiu referências ao golpe, mas artistas driblaram censura, reforçando : 'Fora Temer' e 'Fora Lacerda'
É cada vez maior o número de pessoas conscientes de que aconteceu um golpe para afastar a presidenta eleita Dilma Rousseff do cargo. Com medo de que a Virada Cultura de Belo Horizonte se tornasse palco de manifestações contra Michel Temer, o prefeito da capital mineira Marcio Lacerda (PSDB-MG) fez uma cláusula no contrato dos artistas para impedir qualquer ato político. Os convidados não aceitaram e acompanharam a população nos gritos de “Fora Temer”. O evento acontece no sábado (9) e no domingo (10).
Na noite de sábado, o ompositor e cantor mineiro, Flávio Renegado foi o primeiro a criticar a proibição de Lacerca. “Essa lei não existe, ela fere o 5º artigo da Constituição de Liberdade de Expressão. Fora Lacerda, Fora Temer!”, afirmou, fazendo referência à cláusula do contrato da Virada Cultural que estabelecia a proibição. Veja como foi:
Quem foi assistir aos shows também protestou contra Temer:
Segundo o contrato da Prefeitura de Belo Horizonte, “fica terminantemente proibida, antes, durante e após a apresentação artística, qualquer manifestação e propaganda de cunho político-partidário, bem como placas, faixas, propagandas em geral, camisetas, citações”.
A cláusula oito também estabelece multa de 100% do valor contratado e “imediata interrupção da apresentação artística”, de acordo com reportagem de “O Tempo”.
O dramaturgo Zé Celso estava na programação e protestou. O espetáculo “Para Dar um Fim no Juízo de Deus” foi apresentado no Grande Teatro do Sesc Palladium.
Durante a apresentação do pernambucano Johnny Hooker, as palavras “Fora Temer” foram projetadas em prédios próximos ao palco.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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