O Rio Grande do Norte tem previsão para ocorrência de chuvas que variam de normal para abaixo do normal entre os meses de abril, maio e junho na região semiárida. É o que diz a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), após conclusão da análise feita na Reunião Climática, coordenada pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC/PE) na quarta-feira (24).
As análises apontam que no interior do RN as chuvas devem ser
irregulares, sendo a maior concentração na região do Alto Oeste, Seridó e Vale
do Açu. Já no litoral, as condições ainda não estão adequadas para uma análise
mais precisa.
“Estamos no princípio do outono e as condições do centro de alta pressão do oceano Atlântico Sul e vento - algumas das condições que favorecem a ocorrência de chuvas - ainda estão indefinidas para o litoral do Nordeste. Em meados de abril será possível fazer uma análise mais clara", disse Bistrot.
A
previsão de mais milímetros ocorre na Região Leste do estado, que deve receber
até 500 mm de chuvas nesses três meses.
·
Oeste: 250mm
·
Central: 200mm
·
Agreste: 200mm
·
Leste: 500mm
Na reunião, os especialistas avaliaram também as condições oceânicas que
indicam ainda a atuação do fenômeno da La Ñina - ela é considerada
"fraca" no momento, mas ainda presente no Oceano Pacífico.
De acordo com os especialistas, as águas do Atlântico Sul continuam mais
frias do que as do Atlântico Norte.
“Essas condições oceânicas influenciam de forma negativa para a
ocorrência de chuvas no Nordeste pois não favorecem a descida da Zona de
Convergência Intertropical que contribuem para a ocorrência de chuvas mais
generalizadas para todo estado”, explicou o chefe da Unidade Instrumental de
Meteorologia da Emparn, Gilmar Bistrot.
O meteorologista avaliou também como regulares as chuvas que ocorreram
da segunda quinzena de fevereiro até este mês de março, principalmente nas
regiões do Alto Oeste, Vale do Açu e Seridó.
“As chuvas ocorreram com melhor regularidade nestes locais por
influência do relevo da região, beneficiando a cadeia da agricultura”,
considerou.
Fonte: G1 RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário