Postos de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) do Rio Grande do Norte já podem vacinar meninos contra HPV. Em todo o estado, 62.118 meninos na faixa etária de 12 a 13 anos além de 520 jovens que vivem com HIV/aids estão aptos a receber a vacina. Até o ano passado, esta imunização era feita apenas em meninas.
O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos.
A expectativa é imunizar em todo país mais de 3,6 milhões de meninos em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos vivendo com HIV/aids, que também passarão a receber as doses. Para isso, o Ministério da Saúde adquiriu seis milhões de doses, ao custo de R$ 288,4 milhões.
O esquema vacinal para os meninos contra HPV é de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Para os que vivem com HIV, a faixa etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é necessário apresentar prescrição médica.
Atualmente, a vacina HPV para meninos é utilizada como estratégia de saúde pública em seis países (Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá). Portanto, o Brasil assegura a sétima posição e a vanguarda na América Latina. A vacina é totalmente segura e aprovada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A decisão de ampliar a vacinação para o sexo masculino está de acordo com as recomendações das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia, além de DST/AIDS e do mais importante órgão consultivo de imunização dos Estados Unidos (Advisory Committee on Imunization Practices).
Confira abaixo como será a oferta de vacinas para meninos por ano:
Ano
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População-alvo
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2017
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Meninos de 12 e 13 anos
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2018
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Meninos de 11 e 12 anos
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2019
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Meninos de 10 e 11 anos
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2020
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Meninos de 9 e 10 anos
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FONTE: Jornal de Fato
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