A defesa do empresário Emílio Odebrecht alegou, nesta segunda feira (7/1), que as reformas no sítio de Atibaia, supostamente atribuídas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não tiveram nenhuma relação com qualquer contrato entre as empresas do grupo e a administração pública. A informação foi publicada pelo jornal O Globo.
O relato compõe os documentos de alegações finais no processo julgado pela juíza Gabriela Hardt, que substitui Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). As alegações finais são entregues como última fase do processo antes da declaração da sentença por parte do magistrado.
Emilio Odebrecht afirmou que as reformas foram feitas à pedido da então primeira-dama, como parte de um plano de surpreender Lula ao final de sua presidência. Ainda segundo O Globo, o empresário também relatou uma reunião com o ex-presidente pouco antes de terminar seu último mandato, na qual comentou a respeito da reforma do sítio. Após a ausência de comentários de Lula, Emilio supôs que o ex-presidente tinha conhecimento das reformas.
Mais cedo, o empresário Léo Pinheiro, ex-executivo da OAS, reafirmou que Lula solicitou pessoalmente as reformas no sítio em Atibaia, e que as obras foram pagas pela empreiteira e descontadas da propina destinada ao PT por atuações favoráveis à empresa na Petrobras.
Conforme afirmou Pinheiro, a OAS pagou as obras de impermeabilização do lago da propriedade e contratou a empresa Kitchens pelo valor de R$170 mil para fazer os armários planejados da cozinha.
Em depoimento, o ex presidente negou ter conhecimento sobre as reformas realizadas no sítio. A defesa do ex-presidente também reafirmou que a propriedade do Sítio Santa Bárbara “pertence de fato e de direito à família Bittar, conforme farta documentação constante no processo.”
Fonte: Blog da Cidadania
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