O Brasil tem hoje cerca de 13 milhões de desempregados. As principais riquezas do país estão sendo entregues ao capital estrangeiro, como a Petrobras. Os investimentos na saúde e na educação diminuíram drasticamente com o Teto de Gastos e os direitos dos trabalhadores foram arrancados pelo golpista Michel Temer.
O ilegítimo, inclusive, é seguramente o pior presidente da história do Brasil desde a redemocratização. A pesquisa do instituto MDA, realizada à pedido da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), mostrou que apenas 0,5% consideram o governo golpista “ótimo” e 2% consideram bom. A avaliação é ruim ou péssima para 81,5%.
O desempenho pessoal de Temer é ainda pior. Segundo o levantamento, 89,7% dos brasileiros desaprovam o golpista e apenas 7% aprovam sua presidência. Para Jair Bolsonaro (PSL), no entanto, o governo do MDB vai bem.
“O que está dando certo, você tem que continuar. Eu não vou dizer que tudo está errado no governo Temer, né?”, disse Bolsonaro em entrevista ao UOL neste sábado (20). Questionado sobre o que estaria “dando certo” no desastroso governo Temer, o candidato do PSL não soube citar exemplos.
Os jornalistas, então, perguntaram se Bolsonaro tem um nome para o Banco Central, ou se manteria o atual presidente Ilan Goldfajn, mas novamente o candidato não soube responder. “Não, isso isso eu converso com o [economista] Paulo Guedes. Eu prefiro conversar com ele”.
Não fala, mas os trabalhadores sabem
Se Bolsonaro prefere só conversar com seu guru econômico e não consegue esclarecer para os brasileiros quais são as suas ideias para a economia, os trabalhadores e trabalhadores já sentem na pele seus efeitos.
O candidato do PSL votou favorável pela Reforma Trabalhista, que retirou diversos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, avisou que não mexerá no texto aprovado e ainda defendeu que as leis trabalhistas “devem beirar a informalidade”.
Para Bolsonaro, é preciso ainda uma flexibilização ainda maior em relação à reforma aprovada pelo governo Temer para combater o desemprego. “É melhor ter menos direito e emprego”, declarou em evento organizado pela ACRJ (Associação Comercial do Rio de Janeiro), no Rio.
Estados Unidos acima de tudo
Na entrevista deste sábado, Bolsonaro também reafirmou sua subserviência aos interesses dos Estados Unidos da América. O candidato afirmou que o presidente Donald Trump é uma inspiração para ele. “Trump quer a América grande e eu quero Brasil grande. Ele reduziu a carga tributária, e o que aconteceu? As empresas voltaram aos Estados Unidos. Eu gosto do Trump, nunca neguei isso”, disse.
Mas será que Bolsonaro quer realmente o Brasil grande? Em outubro de 2017, em Miami, o candidato do PSL fez um discurso que diz o contrário. Ao gritos de “USA, USA, USA”, Bolsonaro bateu continência para a bandeira estadunidense e mostrou que seu patriotismo desaparece quando se trata de curvar-se à política imperialista.
O episódio nos EUA e seus histórico de parlamentar mostram que o Brasil é a última preocupação de Bolsonaro.
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