quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Governos e entidades internacionais de esquerda repudiam golpe no Brasil

Equador, Cuba, Venezuela, Bolívia e o partido Podemos, da Espanha, enviaram mensagens de solidariedade à presidenta Dilma Rousseff

golpe parlamentar contra a presidenta Dilma Rousseff, consumado nesta quarta-feira (31), está sendo veemente rejeitado por partidos e governos de esquerda em todo o mundo. A Secretaria de Relações Internacionais está recebendo mensagens de apoio de diversas entidades.

Cuba

O Governo Revolucionário da República de Cuba se posicionou rejeitando o golpe de estado parlamentar e reforça que “não foi apresentada nenhuma evidência de delitos de corrupção nem crimes de responsabilidade” e que golpe constitui um ato de “desacato à vontade soberana do povo que a elegeu”. Leia na íntegra aqui.

Venezuela

O Governo da Venezuela condenou categoricamente o golpe de Estado consumado no Brasil, afirmando que um governo legítimo, eleito por 54 milhões de votos, foi substituído de forma ilegítima, violando a Constituição e alterando a democracia no país. “As oligarquias políticas e empresariais, que em aliança com fatores imperiais consumaram o Golpe de Estado contra a presidenta Dilma Rousseff, recorreram a artimanhas jurídicas sob a forma de crime sem responsabilidade para chegar ao poder da única maneira que lhes é possível: a fraude e a imoralidade”, declaram, em carta do Ministério das Relações Exteriores. Leia na íntegra aqui.

Equador

O Governo do Equador enviou nota de repúdio, afirmando que fatos recentes no Brasil “representam sério risco para a estabilidade de nossa região e constituem um grave retrocesso na consolidação da democracia, que custou tanto esforço e sacrifício dos nossos povos”.
No documento também afirma que julgamento da Presidenta, que chamam de “espúrio”, “não cumpriu o requisito fundamental de provar que a mandatária tivesse cometido delitos de responsabilidade”. E que o Governo do Equador “não pode passar por cima do fato de que um número importante dos que decidiram pelo processo de juízo político da Presidenta estão sendo investigados por grandes atos de corrupção”. Leia na íntegra aqui.
O presidente do Equador Rafael Correa se manifestou também através de suas redes sociais, chamando a destituição de Dilma de “uma apologia ao abuso e à traição”, enfatizando que chamará de volta o embaixador do país por não concordar com essas práticas, que lembram as horas mais obscuras da história da América. E declarou solidariedade a Dilma, Lula e todo o povo brasileiro.
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Podemos, da Espanha

O partido Podemos, da Espanha, enviou mensagem manifestando solidariedade e dizendo que seu compromisso com a democracia se mantém firme: “temos claro uma máxima que deixa pouca margem à interpretação. Na democracia, os mandatos se ganham e se trocam nas urnas”. Leia na íntegra aqui.

Evo Morales, da Bolívia

O presidente do Estado Plurinacional de Bolívia, Evo Morales, divulgou através de sua conta no Twitter sua solidariedade à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula. “Condenamos o golpe parlamentar contra a democracia brasileira”, afirmou, acrescentando que está chamando de volta o embaixador do país.
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Cristina Kirchner, da Argentina

A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner postou em suas redes sociais uma mensagem sobre o que chamou de “golpe institucional: uma nova forma de violentar a soberania popular” e lamentou que a América do Sul esteja de novo sob domínio da extrema direita. E manifestou solidariedade, dizendo: “Nosso coração está junto ao povo brasileiro, Dilma Rousseff, Lula e os companheiros do PT”.
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Manolo Pichardo, COPPPAL

O presidente da Conferência Permanente de Partidos Políticos da América Latina e Caribe (COPPPAL), Manolo Pichardo, manifestou hoje preocupação e indignação diante do golpe parlamentar contra a presidenta Dilma. “O que aconteceu no Brasil é parte da trama que defini como ‘plano Atlanta’, por ser nessa cidade americana onde, em 2012, se desenhou a estratégia regional destinada a destituir os governos progressistas da América Latina”. Leia na íntegra aqui.

Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais, Argentina

Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO), que tem sede na Argentina, divulgou nota onde chama a destituição de Dilma Rousseff de “uma das maiores infâmias da história democrática da América Latina” e manifesta “seu mais veemente e enfático repúdio ao golpe de Estado consumado no Brasil”. O conselho encerra com uma mensagem de pesar, mas chamando para a luta: “Hoje é um dia de luto para o Brasil e para toda a América Latina. Amanhã será um dia de luta. Defenderemos a democracia de qualquer maneira”. Leia na íntegra aqui.
Da Redação da Agência PT de Notícias

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