Em cem dias entrará em vigor a
Política Nacional de Mobilidade Urbana sancionada pela presidenta Dilma
Rousseff e publicada nesta quarta-feira (4) no Diário Oficial da União. A
nova lei tem o intuito de integrar, melhorar e tornar mais acessíveis
os diferentes modos de transporte, visando a mobilidade de pessoas e
cargas no País.
O documento esclarece também direitos dos usuários, como por exemplo,
o de ser informado, nos pontos de embarque e desembarque, sobre
itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de interação com
outros modais. As regras que definem as tarifas a serem cobradas também
estão estipuladas.De acordo com a nova política, os entes federativos poderão fazer uso de instrumentos de gestão como restrição e controle de acesso e circulação, permanente ou temporário, de veículos motorizados em locais e horários predeterminados. São Paulo, por exemplo, já utiliza o sistema de rodízio de automóveis na tentativa de amenizar os problemas de trânsito.
Prevê também a aplicação de tributos para utilização da infraestrutura urbana, visando a desestimular o uso de “determinados modos e serviços de mobilidade”. Mas garante, no entanto, que os recursos obtidos por esse meio serão aplicados exclusivamente em infraestrutura urbana “destinada ao transporte público coletivo e ao transporte não motorizado”, e no financiamento do subsídio público da tarifa de transporte público.
Aos entes federativos caberá, segundo a lei, estipular padrões de emissão de poluentes para locais e horários determinados, bem como monitorar e controlar as emissões dos gases de efeito local e de efeito estufa, podendo, inclusive, restringir o acesso a vias com índices críticos de poluição.
Poderão, ainda, dedicar espaço exclusivo nas vias públicas para os serviços de transporte público coletivo e para meios de transporte não motorizados, além de estabelecer políticas para estacionamentos públicos e privados.
Fonte: Agência Brasil