“Não bastasse a pandemia, o povo brasileiro também é vítima de uma política econômica de morte, cujos dados se expressam no retorno do país ao mapa da fome, na alta da inflação (7%), no aumento do custo de vida (alta de preços da gasolina, do gás de cozinha, dos alimentos), nas altas taxas de desemprego, batendo a casa dos 15% de brasileiros desempregados, além do aumento da população em situação de rua, que ultrapassa o total de 221 mil pessoas”, anuncia o panfleto da manifestação.
Com o tema “vida em primeiro lugar”, o movimento ressurge em busca de participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda. Além disso, também pede a saída do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do vice dele, Hamilton Mourão (PRTB).
“Então é urgente já que que ah a vida do povo brasileiro seja devolvida”, afirma Aparecida Fernandes, representante do Movimento Nacional Fé e Política. Ela argumenta que não só a saída do atual governo é necessária, como a apresentação de novas alternativas para as populações mais vulneráveis do país. Essa é, segundo Fernandes, a cobrança do movimento.
Apesar do hiato de quase 10 anos, o Grito dos Excluídos de 2021 estará na 27ª edição. Aparecida lembra que o movimento é organizado pela igreja Católica e foi cessado após guinada conservadora dentro da própria igreja, em Natal.
Em 2013, o Grito, que é uma manifestação pacífica, foi interrompido por repressão policial, segundo registro do portal A Verdade. Na época, cerca de 800 pessoas estavam reunidas no ato tradicionalmente realizado no dia 7 de setembro, desde 1995.
Participam do Grito O Movimento Sem Terra, Pacto Pela Vida e Pelo Brasil, Movimento Laudato Si’, Movimento Nacional de População em Situação De Rua (MNPR), Marcha Mundial das Mulheres, partidos políticos de esquerda, Policiais Antifascistas, diversos sindicatos e parlamentares de Natal e do estado potiguar. Ao todo, são mais de 50 representatividades com participação confirmada no ato ocorre simultaneamente em diversas cidades do país.
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