Deputados estaduais do Rio de Janeiro avaliam encaminhar à Corregedoria da Assembleia Legislativa (Alerj) uma representação contra o colega Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). A medida é baseada na revelação, de que sete funcionários que passaram pelo gabinete do parlamentar fizeram depósitos na conta de outro ex-assessor de Flávio, Fabrício José Carlos de Queiroz. Os deputados suspeitam de que os funcionários tenham sido obrigados a abrir mão de parte de seus salários.
Investigações do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) revelaram “movimentação atípica” de 1,2 milhão de reais na conta de Queiroz entre 1º de janeiro de 2016 a 31 janeiro de 2017. Do total, 116.556 reais foram transferidos por assessores que trabalharam para Flávio em algum momento. A reportagem de VEJA foi baseada em relatório do Coaf, cujo conteúdo foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo na última quinta-feira, 6.
A representação à Corregedoria, que está sendo discutida por representantes de partidos de esquerda, seria o primeiro passo para a abertura de um processo contra o deputado no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa. A medida, porém, teria um efeito mais político do que prático já que, em fevereiro, Flávio Bolsonaro deixará de ser deputado estadual e assumirá uma cadeira no Senado. A investigação poderia também servir de base a uma denúncia ao Ministério Público.
Este não seria o primeiro caso de apropriação de salários de servidores. Acusada pelo MP de promover a prática de “cobrar” parte dos salários de assessores, a então deputada estadual Inês Pandeló (PT) foi condenada em 2013 por improbidade administrativa.
Fonte: Blog da Cidadania
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