terça-feira, 11 de abril de 2017

Benedita protesta contra tramitação açodada da reforma trabalhista

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) protestou, em discurso no plenário da Câmara, com a forma de tramitação da reforma trabalhista do Governo Temer, em caráter terminativo na comissão especial que a analisa. “A reforma trabalhista não pode ser terminativa na comissão porque somos apenas 7% de representação da Casa no colegiado. E, assim sendo, é inadmissível que esse debate não venha para o Plenário. Não temos como aceitar de imediato que se passe goela abaixo dos trabalhadores uma reforma que solapa a sua seguridade econômica e social”, disse a deputada.
Lembrou Benedita da Silva que o tecido social brasileiro é frágil e é preciso que haja proteção. “O Governo existe para isso, e não para fazer uma reforma que retira direitos dos trabalhadores, que vai dar ao trabalhador mais do que nós já tivemos no tempo da escravidão, porque aumenta a sua jornada de trabalho, sem aumentar o salário, porque faz com que esse trabalhador não tenha uma hora de descanso para o almoço, porque fragmenta as suas férias, e isso não é pouco. A CLT existe para a proteção, e a Constituição brasileira isso garante, mas não existe para retirar direitos garantidos aos trabalhadores. A quem interessa isso?”, questionou.
Para a deputada, é fundamental que a reforma trabalhista seja submetida ao plenário da Câmara para que se faça esse debate. “Esse projeto não pode ser votado açodadamente sem que façamos não só uma profunda reflexão. Devemos mostrar a consequência desse fato, de que esta reforma trabalhista não deve tirar mais do trabalhador brasileiro aquilo que ele já conquistou”, concluiu.

PT na Câmara

Foto: Gustavo Bezerra

Fonte: PT na Câmara

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