Em entrevista ao jornal "Folha de S. Paulo", ministro da Casa Civil reconheceu que 2015 foi um ano difícil, mas não "perdido"
O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, garantiu, em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, que o governo da presidenta Dilma Rousseff conseguirá “enterrar” o processo de impeachment em curso na Câmara dos Deputados.
“(Será encerrado) Na Câmara. Não tenho dúvida de que a gente vai a 250, 255 votos”, afirmou. Para barrar o processo, a presidenta Dilma precisa de 171 votos, no mínimo.
Durante a entrevista, o ministro reconheceu que 2015 foi um ano difícil. “Não conseguimos compactar a base de sustentação do governo no Congresso, a crise da economia mundial repercutiu aqui, assim como repercutiram os ajustes que precisamos fazer no começo do ano por conta das medidas de 2013 e 2014″, explicou.
No entanto, na avaliação de Jaques Wagner, 2015 não foi um ano “perdido”. “Concordo que foi um ano muito duro, mas não vou dizer nunca que foi um ano perdido”, disse.
Na avaliação do ministro, a atuação da oposição no ano que passou tem responsabilidade pelo resultado negativo do País. “O erro para mim é muito mais da oposição, que fez uma agenda do “impeachment tapetão”, criticou Jaques Wagner.
“A impopularidade de Dilma hoje é consequência de que a gente teve que consertar medidas tomadas em 2013 e 2014, que tiveram seu lado positivo e, como tudo na vida, também consequências ruins. Mas nunca teve dolo. A banalização do processo como recurso eleitoral é o “impeachment tapetão”, que não é com motivo, é para recorrer do jogo que perdi em campo. Mas isso também será cobrado da oposição, porque impopularidade não é crime”, continuou.
Para 2016, Jaques Wagner reforça que a grande tarefa será começar a retomada da economia. Para fazer um governo de unidade nacional, o ministro propõe, então, dois temas: a reforma política e a da Previdência.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do jornal “Folha de S. Paulo”
FONTE: PT
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