Povo relaciona corrupção ao governo Dilma, porque ele foi o que mais investigou e puniu, gerando noticiário que aumenta a percepção do crime
Dissecando os números da mais recente pesquisa do instituto do jornal Folha de S. Paulo, o Datafolha, publicado neste domingo (7), constata-se que 46% dos entrevistados disseram que governo nenhum investigou tanto a corrupção quanto o de Dilma. Apesar desse dado relevante, o jornal sabe-se lá por quais interesses, alçou para sua manchete o título: “Brasileiro responsabiliza Dilma por caso na Petrobras” e, na matéria interna, ofereceu outra pérola a seus leitores, de que 68% responsabilizam Dilma por corrupção. Mas o que chama atenção dessa pesquisa, quando 2.896 pessoas foram ouvidas, é que a preocupação com a corrupção caiu. Em junho, era o principal problema do país para 14% e agora 9%. Além disso, 40% acham que nunca houve tanta punição aos corruptos como atualmente.
Com uma declaração alarmante em sua capa e escondendo os dados da pesquisa internamente, o blogueiro Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, observa que o dado relevante é este: apenas 9% dos entrevistados consideram a corrupção como o maior problema do país. Saúde, Educação e Segurança, por exemplo, despertam entre as pessoas maior preocupação.
Além disso e o que deve ter trazido mais desconforto ainda para o candidato derrotado, é que o Datafolha reconhece que a taxa de aprovação ao governo de Dilma não sofreu alteração significativa desde o fim da eleição. A operação Lava Jato da Polícia Federal que é tema de sucessivas matérias nos jornais, segundo o Datafolha, não provocaram alteração relevante à imagem de Dilma, que está em 42%, a mesma taxa de 21 de outubro. A desaprovação de seu governo subiu de 20% para 24% embora 50% dos entrevistados esperam que Dilma faça uma gestão melhor. Esse foi outro dado escondido que não se alterou, a menos de trinta dias para a posse mês de seu novo mandato – esse patamar é menor que o observado antes da posse do primeiro mandato, em 2011, e bem acima do que Fernando Henrique Cardoso obteve quando de sua posse no segundo mandato (41%).
O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, afirma em sua análise dos números que “no caso de corrupção na Petrobras, apesar da grande maioria ter ouvido falar do tema e ver responsabilidade da presidente no episódio, efeitos mais expressivos na imagem da imagem da petista são anulados pelo reconhecimento por parte dos entrevistados de que no seu governo há investigação e punição dos envolvidos”.
Os números dessa percepção identificada pelo Datafolha são os seguintes:
Os números dessa percepção identificada pelo Datafolha são os seguintes:
À pergunta sobre qual governo houve mais corrupção, Dilma (20%) perde apenas para Collor (29%), seguidos por FHC (13%) e Lula (12%) – números que, nunca é demais lembrar, adquirem outras interpretações quando comparados com a disposição do oligopólio de mídia em expor a corrupção em cada um dos períodos.
Esse raciocínio adquire mais consistência quando dados da mesma pesquisa Datafolha trazem em outras duas perguntas formuladas aos entrevistados: 1) Em qual governo a corrupção foi mais investigada? (46% Dilma, 16% Lula e 4% FHC) e 2) Em qual governo os corruptos foram mais punidos? (40% Dilma, 11% Lula e 3% FHC.
Ou, em outras palavras, quanto mais se investiga e se pune caso9s de corrupção, mas aumenta a percepção equivocada de que a corrupção cresceu.
Ou, em outras palavras, quanto mais se investiga e se pune caso9s de corrupção, mas aumenta a percepção equivocada de que a corrupção cresceu.
Bingo! O colunista Ricardo Melo, na própria Folha, aponta que a pesquisa do Datafolha traz números contraditórios. Ele escreve que “se muita gente acha que Dilma tem culpa no cartório, outros tantos aprovam sua gestão. Mais: apontam o governo dela como o que mais combate a corrupção, com larga vantagem sobre os antecessores. Sintomático, não?, indaga o colunista.
Aliás, ele lembra que nem o tucano mais inflamado acredita que o esquema de corrupção na Petrobras começou nas administrações petistas. Ele refuta a ideia de que o brasileiro se acostumou com o “rouba mas faz”, porque a maioria trabalhadora, honesta, que conta os trocados para sustentar a família, não tem nenhum tipo de conivência com roubalheira. “Da mesma forma, não imagina gente como Aécio neves, José Serra (que declarou em alto e bom som considerar cartel uma coisa normal) ou Fernando Henrique - que conquistou a reeleição na base da compra de votos em dinheiro vivo - no papel de guardiões da honestidade.
A pesquisa do Datafolha aponta, também, que a democracia é o melhor regime para 66%. Para 12% dos entrevistados, em certas circunstâncias é melhor uma ditadura do que um regime democrático. Entre os que estudaram até o ensino fundamental, 57% acreditam que a democracia é sempre a melhor forma de governo. Entre os que completaram o ensino superior, 80% avaliam que a democracia é sempre a melhor forma de governo e somente 7% dizem preferir a ditadura.
PT cresce
Já a pesquisa feita pelo Estadão Dados aponta que o eleitorado está crescendo mais em redutos petistas que em tucanos e, se até 2030 essa tendência não mudar, o PSDB terá mais um adversário a superar. Segundo análise dos números, nos 15 estados onde o PT venceu todas as últimas três disputas presidenciais, o número de eleitores cresceu 51% entre 1994 e 2014, enquanto que nos sete estados onde os tucanos ficaram à frente, o crescimento do número de eleitores foi de 40%.
FONTE: Petista.com
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