A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), anunciou a chegada de mais 16,6 mil doses da Coronavac para a segunda dose em atraso dos potiguares. Segundo a gestora estadual, o novo lote chega ao Estado às 10h.
“Pessoal, mais doses de CoronaVac à vista. Acabo de receber a informação do Ministério da Saúde que nesta sexta-feira, por volta das 10h, estaremos recebendo um novo lote com 16.600 doses para D2”, escreveu Fátima no Twitter.
“Sigamos vigilantes para que as demais doses solicitadas cheguem na próxima semana e possamos garantir a regularização do esquema vacinal das pessoas que estão com a segunda dose em atraso”, finalizou a governadora.
O RN recebeu, nesta quinta-feira 13, um carregamento com 33,8 mil doses da vacina produzida pelo Butantan. Os imunizantes já estão sendo distribuídos aos municípios com a indicação de uso para completar o esquema vacinal em atraso.
De acordo com levantamentos da Sesap, por meio do RN+ Vacina, cerca de 87 mil pessoas aguardavam os imunizantes ao fim da semana passada. Contando os lotes já enviados, a expectativa é de que aproximadamente mais 19 mil doses sejam entregues até o fim da semana.
Fátima Bezerra solicita ao Ministério da Saúde insumos para kit intubação e equipamentos hospitalares
Em reunião virtual com o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, a governadora Fátima Bezerra (PT), o vice-governador, Antenor Roberto, o secretário de Estado da Saúde, Cipriano Maia, e a equipe da Sesap fizeram um apelo para o envio imediato de anestésicos e bloqueadores neuromusculares, medicamentos que compõem o chamado “kit intubação”, necessários para os pacientes que precisam passar pelo procedimento. Além do pedido desses insumos, também foi solicitado o envio de equipamentos hospitalares, como monitores, ventiladores pulmonares e bombas de infusão. Junto aos medicamentos, esses equipamentos são fundamentais para concretizar o desbloqueio de leitos para pacientes com Covid-19.
No Rio Grande do Norte, o governo do estado optou por um modelo de expansão de leitos onde foi fortalecida a rede própria do SUS-RN. No portal Regula RN são 850 leitos para pacientes de Covid-19. Desses, mais de 400 são de UTI.
O estado do Rio Grande do Norte, até a noite dessa quarta-feira 28, registrava 27 leitos de UTI bloqueados em decorrência da falta dos medicamentos para o “kit intubação”. A escassez desses insumos e medicamentos para intubação ocorre em todo o país. A situação do estoque da Sesap para a rede estadual e o abastecimento dos 16 hospitais de sua gestão encontra-se no limite, de acordo com os gestores da Secretaria de Estado da Saúde.
“Cabe ressaltar o esforço. Temos compras em andamento, e empenho entregue a fornecedores, aguardando a entrega. Então, continuamos nos mobilizando para essa reposição de estoque. Mas, nossa necessidade é imediata para que esses leitos possam ser rapidamente desbloqueados”, afirmou a governadora ao secretário-executivo do Ministério da Saúde. “A situação é urgente”, completa.
Na ocasião, conforme levantamento realizado em conjunto pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN e pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RN (COSEMS-RN), foi enviado um ofício com uma lista da atual demanda de sedativos e bloqueadores neuromusculares, para o desbloqueio imediato dos leitos, bem como o apoio aos leitos com gestão municipal, ao Hospital Universitário Onofre Lopes, de gestão federal e a serviços filantrópicos.
Rodrigo Cruz se prontificou de entregar a demanda ao ministro da saúde, Marcelo Queiroga, imediatamente após a reunião.
A responsabilidade de abastecimento de insumos e medicação, em alguns casos, é do próprio hospital. É o caso do Hospital São Luiz, em Mossoró, que tem pactuação de funcionamento com o estado. Porém, a compra dos insumos é de responsabilidade do hospital. Ainda assim, a Sesap informa que, através da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), vem auxiliando hospital São Luiz com envio de anestésicos.
Além da falta de medicamentos para o “kit intubação”, outros fatores que dificultam o desbloqueio dos leitos é a falta de alguns equipamentos hospitalares, como monitores e ventiladores pulmonares, e a manutenção na rede de gás medicinal (oxigênio medicinal). Esse foi outro pleito levantado durante a reunião.
“O Governo do Estado, em 2020, tomou uma iniciativa muito acertada, fruto de uma visão de planejamento, que foi fazer o investimento na nossa rede de gases nos hospitais. No início deste ano, fizemos tratativas com a White Martins para ampliar o fornecimento do gás para a rede hospitalar e também para podermos dar suporte às prefeituras. E, através da justiça, que deu parecer favorável à nossa ação, a White Martins ampliou o fornecimento em 25%”, afirma a governadora.
À época, ainda em 2020, quando houve uma crise de falta de oxigênio em alguns municípios, foi solicitado 450 cilindros ao Ministério da Saúde, dos quais chegaram 160. “Desde então, venho fazendo um apelo para que o Ministério da Saúde envie o restante dos cilindros que solicitamos, bem como os concentradores de oxigênio”, completa Fátima Bezerra.
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