A mentira sobre a obra da ponte do Abunã, que liga o Acre a Rondônia, já vinha sendo contada pelos bolsonaristas desde o segundo semestre do ano passado. Na sexta-feira, 7, ganhou contornos quase “épicos” com a divulgação da solenidade de inauguração, que contou com a presença de Bolsonaro.
Nas redes sociais, a máquina de fake news bolsonarista se encarregou de repetir informações falsas sobre a obra, tentando capitalizar sua conclusão. E, claro, também a atacar quem de fato deu início ao projeto e “tocou” as obras, até o golpe de Estado, em 2016.
Como fake news se enfrenta com a verdade dos fatos, vamos, então, a eles
- Desde 2007, havia discussões no governo federal sobre a obra;
- A concepção e o projeto são dos tempo do PT no governo;
- Em 2010, a obra foi incluída formalmente no PAC;
- Em 2013, foi realizada a licitação da obra, com empenho de grande soma de recursos;
- A obra teve início definitivamente em 2014;
- Em 2015, haviam sido executados 36,4% das despesas da obra;
- Até 2016, a execução chegou a 52,3%;
- Até 2018, 84,7% haviam sido executados.
Ou seja, desde que Bolsonaro assumiu, o governo executou apenas 15% da obra, retrato de um governo sem projeto que vive de se apropriar de obras das gestões anteriores. Em 26 de abril, também com presença de Bolsonaro, o Ministério da Infraestrutura inaugurou 22 quilômetros de pistas duplicadas da BR-101, na Bahia, com estardalhaço nas redes sociais.
Em 6 de agosto do ano passado, o jornal o Estado de São Paulo, por meio do Projeto Comprova, já advertia que o governo enganava “ao sugerir que ponte entre Acre e Rondônia é obra apenas do governo Bolsonaro”. O jornal esclarecia que a “obra sobre rio Madeira, que tem como prazo atual de inauguração o fim de 2020, foi iniciada em 2014, ainda no governo Dilma Rousseff”.
No entanto, o governo Bolsonaro insiste em se vangloriar de obras pensadas, projetadas, iniciadas e quase totalmente executadas por outros governos. É marca do atual governo, incapaz de apresentar projetos ao país, exceto a tentativa de implementar a “imunidade de rebanho” no combate à pandemia, que já levou mais de 400 brasileiros à morte.
Da Redação do PT
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