De acordo com o CNE, os candidatos da oposição venceram em cinco Estados, enquanto que os resultados do Estado de Bolívar ainda não foram divulgados devido à diferença apertada de votos entre os dois adversários.
O PSUV conseguiu ganhar da oposição o estado de Miranda (centro-norte) governado pelo duas vezes candidato à presidência do país Henrique Capriles, e os estados de Lara (oeste) e Amazonas (sul).
Com 95,8% das urnas apuradas, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, disse que os resultados são “irreversíveis”, explicando que nestas eleições houve uma participação de 61,14% do censo eleitoral.
O PSUV vai continuar governando os estados de Apure, Aragua, Barinas, Carabobo, Cojedes, Delta Amacuro, Falcón, Guárico, Monagas, Portuguesa, Sucre, Trujillo, Vargas e Yaracuy. A oposição, por sua vez, ganhou em Anzoátegui, Mérida, Nueva Esparta, Táchira e Zulia.
Governo
O presidente do país, Nicolás Maduro, comemorou a vitória chavista. “Ganhamos 75% dos governos do país (…) o chavismo está vivo, está triunfante e está nas ruas”, disse.
“A oposição teve cinco vitórias, as reconhecemos como fizemos sempre, e há um governo em disputa”, disse, ao se referir a Bolívar. “Hoje ganhou a verdade da Venezuela, hoje o chavismo arrasou, hoje temos 17 governos, hoje temos 54% dos votos, hoje temos 61% de participação, e hoje a pátria se fortaleceu com 75% dos governos”, afirmou Maduro.
“Esta vitória é uma proeza moral e política do povo venezuelano, que conseguiu resistir aos embates da guerra da oligarquia e que disse ‘não às sanções’, ‘não ao intervencionismo'”, finalizou o presidente venezuelano.
Oposição
A coalizão de partidos opositores Mesa da Unidade Democrática (MUD) tinha antecipado minutos antes do anúncio oficial da CNE que os números com que seus operadores eleitorais trabalham eram “muito diferentes” dos que o órgão eleitoral ia divulgar, e já disse – mesmo antes de conhecer os resultados – que não iria aceitar o pleito.
Para a oposição, o CNE tinha tido um comportamento suspeito e diferente do registrado em outras eleições.
O chefe da campanha da MUD, Gerardo Blyde, afirmou afirmou que a aliança opositora pedirá uma auditoria de todo o processo eleitoral. Blyde explicou que a oposição não reconhecia os resultados “não somente devido a todas as violações de lei que vieram sendo cometidas durante o processo”, como a substituição de candidatos e a realocação de centros eleitorais.
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