Depois de 12 anos em que o céu parecia o limite para o consumo da nova classe média, cerca de oito milhões de brasileiros que tinham viajado de avião pela primeira vez, naquele período, tiveram que colocar os pés no chão. E boa parte deles foi obrigada a voltar a andar pelo país de ônibus. A estimativa da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) é um reflexo de nada menos do que 15 sucessivas quedas mensais no volume de passageiros transportados.
Neste grupo de pessoas que têm trocado os voos pelas rodovias está a cabeleireira Thaís dos Santos, de 24 anos. A moradora de Angra dos Reis, na Costa Verde, costumava viajar de avião para visitar a família em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. No mês passado, porém, teve que encarar uma jornada de mais de 24 horas de ônibus, com a filha de 4 anos.
— Nas duas últimas vezes, fui de avião, Graças a promoções de passagens. Mas, por mais que seja cansativo, agora vou de ônibus. Não tem jeito. O orçamento está mais apertado, a situação está difícil. Meu marido, por exemplo, que é supervisor de obra civil, teve que ir trabalhar em Manaus — disse Thaís, que deixou a outra filha, de 7 anos, em Angra, porque não teve dinheiro para pagar mais uma passagem.
— Nas duas últimas vezes, fui de avião, Graças a promoções de passagens. Mas, por mais que seja cansativo, agora vou de ônibus. Não tem jeito. O orçamento está mais apertado, a situação está difícil. Meu marido, por exemplo, que é supervisor de obra civil, teve que ir trabalhar em Manaus — disse Thaís, que deixou a outra filha, de 7 anos, em Angra, porque não teve dinheiro para pagar mais uma passagem.
FONTE: Conversa Afiada
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