A presidenta Dilma Rousseff assinou na tarde do dia 03 de maio, o decreto que institui o 1º Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural (2016-2019). O ato aconteceu durante o anuncio do Plano Safra 2016/2017, no Palácio do Planalto.
O Plano da Juventude será implementado, a partir deste ano, e prevê que 30% dos lotes dos novos projetos de reforma agrária sejam destinados para os jovens. Estão previstas também ações na área de educação, como o investimento de R$ 4 milhões nos territórios rurais para apoiar as escolas Família Agrícola; a ampliação do acesso ao livro e formação de agentes de leitura com a entrega de 1,2 mil bibliotecas rurais por meio do Programa Arca das Letras; e a disponibilização de 32 mil novas vagas no Pronatec Campo.
A permanência do jovem no campo é um dos desafios do governo federal, que envolve várias políticas públicas nas área de educação e cultura. Hoje oito milhões de jovens vivem no campo e outros 12 milhões vivem em municípios rurais no país. Parte desses jovens é da agricultura familiar.
O Plano da Juventude envolve 64 metas distribuídas em cinco eixos: Terra e Território; Trabalho e Renda; Educação no Campo; Qualidade de Vida e Participação; e Comunicação e Democracia. As metas foram construídas em conjunto com a sociedade civil, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), e de 130 conferências territoriais de juventude ao longo de 2015 e de uma oficina nacional.
Pronatec Campo
Depois de curso realizado no Pronatec Campo, Luiz Gustavo, 24 anos, iniciou o seu próprio negócio, permanecendo no meio rural. No penúltimo ano da graduação, ele se matriculou no curso de piscicultura do Pronatec.
Com uma carga de horária de 180 horas, o jovem recebia um auxílio de R$ 2 por cada hora aula. No fim do curso, ele tinha guardado 360 reais. Com esse dinheiro, ele se associou a outro amigo da universidade e com R$ 800 deram início ao negócio: um tanque de 10 mil litros para criação de tilápias. Gustavo conta que o Pronatec complementou o conhecimento que já tinha. "Como eu já tinha alguma vivência, ele me mostrou alguns exemplos. Só que eu queria fazer diferente e comecei a montar meu tanque", conta.
E o negócio prosperou. Hoje já são doze tanques que garantem ao piscicultor R$ 2 por peixe. A tilápia é vendida diretamente ao consumidor que escolhe na hora. A produção de tilápia é de 600 kg por mês.
A experiência do Gustavo tem despertado o interesse de outros jovens da região. "Com o meu exemplo, tem muito jovem querendo trabalhar com piscicultura no modelo que a gente montou", explica ao enfatizar que trabalha de forma ecologicamente correta.
Para quem tem alguma ideia e precisa de estímulo e um empurrãozinho, ele nem pensa duas vezes em recomendar o Pronatec Campo. "Quem sabe aproveitar as informações que o governo disponibiliza por meio do Pronatec, tem nas mãos uma coisa bastante valiosa", diz ele ao destacar que quanto mais se busca o conhecimento, mais se prospera.
Flávia Dias
Ascom/MDA
FONTE: MDA
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